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sábado, 31 de maio de 2014

Sociologia e filme na Revista Café com Sociologia



A edição atual da Revista Café com Sociologia traz uma sessão sobre Sociologia e filme, com dois artigos sobre análise fílmica: "Refletindo o filme Tomboy à luz dos 'Saberes subalternos'", de Daiane Carnelos Resende, e "Um retrato do filme iraniano 'O jarro': a insuficiência de recursos financeiros e humanos na escola", de Jani Alves da Silva Moreira.

Link para a revista:

 http://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/issue/view/Vol.3%2C%20n%C2%BA2.%20Maio%20de%202014/showToc

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Iracema: uma esquecida relíquia do cinema brasileiro


Cartaz do filme "Iracema, uma Transa Amazônica" (1976),
Simbólico desde o seu Cartaz
Iracema, uma Transa Amazônica (1976), filme dirigido por Jorge Bodanzky e Orlando Senna, com Paulo César Pereio (Tião Brasil Grande)  e Edna de Cássia (Iracema) nos papéis principais, se trata de uma desconstrução do Brasil idílico e paisagístico que sempre vem atormentar as representações do país, desde nosso período colonial. Nessa pegada, sintetiza a contraparte da propaganda nacionalista que a ditadura militar, instalada em 1964, utilizava para apregoar seus feitos nutridos de desigualdade e construir uma imagem favorável do país sob o regime. Um gigante de pés de barro, movido pelo autoritário aparelho estatal.

Iracema, aqui, não é a “virgem dos lábios de mel” do livro de José de Alencar. É indígena, como a da obra romântica, mas é uma garota jogada na miséria dos núcleos depauperados do país, no caso, a Amazônia, objeto da propaganda governista do governo militar em tempos de construção da Transamazônica. A obra da rodovia que, segundo o governo militar da época, serviria para garantir a “integração nacional”, foi uma espécie de reedição da desastrosa construção da ferrovia Madeira-Mamoré, representada no excelente livro de Márcio Souza (que depois se tornaria série televisiva), Mad Maria (1980). De construção árdua, no meio da floresta, rodovia e ferrovia se tornariam símbolos não exatamente de incompetência estatal. Pior: revelariam ao Brasil a exploração econômica das populações marginalizadas e um projeto cujo “progresso” se alia e se alimenta da pobreza, ampliando e reproduzindo por seus caminhos a histórica exclusão e exploração indiscriminada do povo e da terra amazônica.

A Amazônia de Iracema lembra a de Euclides da Cunha, representada no livro póstumo Um paraíso perdido. Enviado à Amazônia pelo Itamarati para o reconhecimento da região de fronteira entre o Brasil e o Peru, Euclides retrata a miséria da população local, que sobrevive da retirada do látex, matéria-prima da borracha. Os seringais amazônicos e os personagens desse drama dão ao livro um contorno trágico que reedita, de certa forma, o olhar sobre o Brasil profundo que Euclides já retratara em Os sertões. Em Iracema, é a vida dos pequenos posseiros e das populações que vivem às margens da rodovia eternamente incompleta que garante o protagonismo, acossados entre os grandes fazendeiros e a dificuldade de cultivar os pequenos lotes de terra que possuíam. Sobressai, também, a exploração de imigrantes nordestinos que foram à Amazônia em busca de melhores condições de vida, tal como no ciclo da borracha. Geralmente, acabam submetidos a trabalhos desgastantes nas mãos dos grandes fazendeiros que despontavam nas áreas abertas pela rodovia.

Tião Brasil Grande, magistralmente interpretado por Pereio, faz a função do, digamos, “advogado do diabo” da propaganda da ditadura. O filme foi caracterizado por alguns como drama documental, isto é, embora haja uma espécie de roteiro que guie a narrativa, distribuído nas falas dos dois protagonistas, há o registro da interação entre atores e pessoas reais. O caso é claro em Tião Brasil Grande que, como seu próprio apelido diz, repete aos quatro ventos que “acredita no progresso de seu país”, sendo a personificação da propaganda governista em época do chamado “milagre econômico”. Seu caminhão possui um adesivo, por exemplo, com o famigerado slogan “Brasil: ame-o ou deixe-o”. Pereio dialoga, assim, ao longo do filme, com as personagens reais, vinculadas em sua vida e em sua pobreza com a região amazônica, sempre realizando a defesa dos ideais patrióticos e incitando, pelo contrapelo de seu falatório ufanista, a que revelem suas questões e a precariedade de suas vidas. Em tempos de censura e violência estatal, as falas do caminhoneiro são recheadas da mesma desfaçatez governista que incita o povo “atrasado” a reconhecer que suas precariedades, na verdade, são suas próprias falhas (vemos bem aqui que essas joias do pensamento conservador ainda permanecem bem vivas, quarenta anos depois).

A Iracema do filme é acompanhada em suas andanças em meio às pequenas vilas e cidades da região amazônica. As questões relacionadas à rodovia, a pobreza e as carências da população do lugar, o descaso do governo e os dramas das vítimas do capital agrário são, assim, encarnadas na própria vida da personagem, que vaga sem destino a bordo de caronas de caminhoneiros  — assim conhece Tião Brasil Grande –, vivendo de programas em pequenos bordéis.

Algumas cenas do filme são de uma crueldade lancinante, potencializadas justamente por o filme imiscuir a narrativa ficcional em uma prática documental. Assim, por exemplo, são as cenas de Iracema prostituída e entregue à miséria; ou ainda quando, depois de um programa frustrado em terras de um coronel, testemunha a negociação de imigrantes nordestinos para servirem no trabalho da terra – uma verdadeira manifestação de trabalho escravo, à custa da ausência de perspectivas de uma população inteira.

Gravado em 1974 e lançado em 1976, estreia no Brasil apenas em 1981, devido às óbvias impossibilidades políticas de exibi-lo no país. O filme, aos nossos olhos de hoje, viciados pela produção em alta qualidade de imagem e de som, na qual até mesmo um curta de baixo orçamento pode garantir excelência estética por conta do equipamento digital, pode parecer primário, quase artesanal. No entanto, não é preciso esforço para perceber toda a questão angustiante que representa em todos os seus termos, de matéria e forma. A junção entre documento e narrativa ficcional aprofunda a crueza das cenas representadas dos rincões da desigualdade brasileira. Assim, apesar das ressalvas que possamos lhe opor – a precariedade da película e sua relativa ligação direta ao contexto específico da época – o filme permanece como documento estético do cinema brasileiro e de nossa história. Concepção e realização encontram, assim, um casamento interessante, no qual é de se perceber um comprometimento enorme com o que se coloca, até hoje, como aspectos marginais no país.

Mas, seriam realmente marginais? Ou elementos que recusamos a ver, destituídos que estamos do real contato e interesse pelo nosso próprio país, guiados que somos pelo poder e seus aparatos de comunicação? Iracema é uma verdadeira imersão no que já se chamou, em outros tempos, de “Brasil profundo“. E, a pensar como o texto que abre o filme, talvez não estejamos longe do cenário representado:
“Retratar a Transamazônica, de maneira realista, em 1974, representou um grande risco.  As consequências foram anos de censura e de luta incessante para fazer o filme chegar ao público a que sempre se destinara. Iracema mostra, hoje, uma realidade que permanece tão urgente, senão mais, quanto o era na época, quando a estrada ainda simbolizava um sonho do ‘Brasil Grande’”.

Existe uma edição de Iracema em DVD, infelizmente fora de catálogo – como de costume no que tange ao desinteresse da indústria pelo cinema brasileiro. Porém, é possível assistir ao filme no YouTube.
 
originalmente publicado em:  http://livreopiniao.com/2014/05/05/iracema-uma-esquecida-reliquia-do-cinema-brasileiro/

Artigos relacionados: 

CAFÉ AMARGO

via Edison Mariotti

o filme (6,52min) do curta "CAFÉ AMARGO"  em primeira mão.


https://www.youtube.com/watch?v=aITOdNdMbZI

terça-feira, 27 de maio de 2014

A pesquisa antropológica em um mundo dominado pela imagem

Por José Tadeu Arantes

Agência FAPESP – “A Antropologia tem sido, predominantemente, uma disciplina de palavras: uma disciplina na qual se fala, se escreve, se lê. E o mundo de hoje é, cada vez mais, um mundo de imagens e de interatividade. Como a pesquisa antropológica pode se aproximar da linguagem do mundo contemporâneo, sem sacrificar o conteúdo daquilo que é pesquisado?”

Foram reflexões como essa, apresentada por Sylvia Caiuby à Agência FAPESP, que motivaram o Projeto Temático “A Experiência do filme na Antropologia”, atualmente em fase de conclusão. Professora titular na área de Antropologia da Imagem da Universidade de São Paulo (USP) e diretora do Centro Universitário Maria Antonia (Ceuma), Sylvia é a pesquisadora responsável pelo projeto, que tem o apoio da FAPESP.

“Já estamos no terceiro Temático apoiado pela FAPESP. O financiamento aos dois projetos anteriores e a verba obtida por meio do Programa de Apoio à Infraestrutura permitiram modernizar e equipar o Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (Lisa), dotando-o de uma infraestrutura ímpar em termos acadêmicos na América do Sul”, disse Sylvia.

Ligado ao Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, o Lisa abriga um acervo com cerca de 1,6 mil vídeos, 8 mil fotos (em papel, diapositivos e negativos de vidro) e mais de 180 horas de material sonoro (em CDs, fitas cassetes e discos), além de documentos de referência (livros, teses e catálogos). Grande parte desse material foi digitalizada e ele está agora arquivado em dois conjuntos de HDs, de 18 terabytes cada, com backup em uma nuvem computacional instalada fora da universidade.

Um destaque do acervo do Lisa é a enorme coleção de fotos em papel de Lux Vidal, professora emérita da USP, que trabalhou durante anos com os Kayapó-Xikrin. Também notáveis como registros que documentam, em parte, a própria história da Antropologia são as fotografias feitas pelos etnólogos alemães naturalizados brasileiros Herbert Baldus (1899-1970) e Curt Nimuendajú (1883-1945) e pelo antropólogo francês Claude Lévi-Strauss (1908-2009), entre outras.

Curt Nimuendajú (1883-1945)
O Lisa ocupa duas unidades no Conjunto Colmeia da USP e dispõe de sala climatizada e desumidificada com estantes deslizantes para acondicionamento do acervo, auditório para projeção audiovisual, duas ilhas de edição de vídeos (uma em plataforma PC e outra em Mac) e sala acusticamente isolada para edição de som, entre outros equipamentos.

Todos esses recursos estão à disposição de pesquisadores, professores e alunos de Antropologia. E o público, em geral, pode ter acesso, via internet, ao banco de dados do acervo, com a relação completa dos filmes e sinopses, e busca por título, diretor e palavras-chave, bem como à versão integral de 90 filmes produzidos no próprio Lisa. Basta cadastrar-se no site http://www.lisa.usp.br/.

O Lisa reúne atualmente três grupos de pesquisa: o Grupo de Antropologia Visual (Gravi), coordenado diretamente por Sylvia; o Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (Napedra), coordenado por John Cowart Dawsey, que concluiu recentemente o Projeto Temático “Antropologia da Performance - Drama, Estética e Ritual” , também apoiado pela FAPESP; e o grupo Pesquisas em Antropologia Musical (PAM), coordenado por Rose Satiko Gitirana Hikiji, que também coordena o Lisa como um todo.
“Em linhas bem gerais, o grande objetivo do nosso projeto temático “A Experiência do filme na Antropologia” é desenvolver formas narrativas que venham se somar ao texto verbal. Como trabalhamos com imagens e sons, seja por meio da análise da documentação audiovisual, seja por meio da produção de resultados de pesquisas, todas as áreas da antropologia, todos os subtemas da antropologia, podem se beneficiar daquilo que fazemos”, comentou Sylvia.

Darcy Ribeiro já buscava isso...

Mas a pesquisadora enfatizou que a relação, absolutamente necessária, entre a produção audiovisual e a antropologia não é tarefa fácil. “Como retratar um ritual funerário em um filme?”, exemplificou.

O filme Funeral Bororo, de Maureen Bisilliat, gravado e editado em 1990, tem como matéria prima original o registro documental etnográfico de um funeral de um chefe da nação Bororo. Esta documentaçao foi realizada em 1953 pelo fotógrafo alemão Heinz Forthman (foto) e por Darcy Ribeiro, ambos professores da Unb, o primeiro de Fotografia de Cinema e o segundo de Antropologia.
“Não podemos fazer algo simplista, ou sensacionalista, ou que desconsidere os princípios éticos que balizam a disciplina. Ao mesmo tempo, precisamos levar em conta as especificidades da linguagem cinematográfica, e não fazer a mera transposição do texto acadêmico para o filme. As pesquisas tipicamente antropológicas são estudos de longo prazo, nos quais o pesquisador estabelece relações de confiança e procura captar o ponto de vista do outro. Como apresentar cinematograficamente ou por meio de um ensaio fotográfico os resultados?”, prosseguiu.


De certa forma, a distinção tradicional entre o trabalho do cientista e o trabalho do artista precisa ser superada. “Essa superação de barreiras conceituais é algo que já ocorre, por exemplo, em relação à dicotomia entre documentário e ficção. Verificamos que essa distinção não é operacional”, disse Sylvia.
“A palavra ficção vem do latim fictio, que significa inventado, fabricado. Mas todo documentário é também fabricado, é também construído – no caso, construído pelo pesquisador na relação com as pessoas pesquisadas. As pessoas documentadas em um filme querem aparecer de determinada maneira e não de outra; elas escolhem a maneira como sua imagem deve se tornar pública”, disse.
Nanook of the North (Nanuk l'esquimal), 1922, Robert J. Flaherty.
O personagem Nannok no filme de ficçao KABLOONAK (1993), de Claude Massot. Que narra uma outra história da realizaçao do filme Nannok do Norte entre os Innuit (ou Esquimós), considerado o primeiro documentário do Cinema e a trajetória posterior de Robert J. Flaherty.
Ao mesmo tempo – lembrou a pesquisadora –, várias sociedades indígenas, com a assessoria de antropólogos, estão atualmente transformando em filmes suas narrativas míticas. “São filmes encenados, nos quais pessoas da comunidade representam os papéis dos vários personagens míticos. Um filme como esse é documentário ou ficção? Não há divisão clara”, argumentou.
O maior ou menor sucesso no enfrentamento desses e de outros desafios pode ser avaliado assistindo-se aos filmes disponíveis no site do Lisa. Vários deles foram levados a público recentemente na mostra “Contro-Sguardi: retrospectiva do festival de cinema antropológico” , exibida em São Paulo, no Cine Livraria Cultura, no Centro Universitário Maria Antonia e no Cinusp Paulo Emilio, entre 14 e 30 de abril.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Dossiê "Cinema, Gênero e Sexualidade"



A revista Bagoas - estudos gays: gênero e sexualidades(UFRN) acaba de publicar o dossiê "Cinema, Gênero e Sexualidade", organizado por Zulmira Newlands Borges e Laure Garrabé:

Os autores aqui reunidos têm desenvolvido em suas universidades pesquisas sobre os temas de direitos sexuais, gênero, sexualidade, saúde, corpo, autonomia reprodutiva, direitos humanos, contribuindo direta ou indiretamente para o debate no campo do ensino da sexualidade e do gênero nas escolas. Amparados por referenciais teóricos da antropologia, da educação, dos estudos feministas e em especial de Michel Foucault, os artigos apresentam, em linguagem acessível e voltada para um público escolar, interpretações que questionam a visão essencialista da sexualidade (centrada na visão do corpo como um reduto dos instintos) para discutir a sexualidade e o gênero como construções contextuais e históricas.

A maioria dos artigos propõe a análise antropológica e pedagógica de filmes que tratam de gênero e da sexualidade em uma perspectiva comum do respeito à diversidade sexual e de gênero e dos direitos sexuais. Parte-se do princípio de que o cinema também é um discurso sobre gênero e sexualidade e que retrata a expressão de um autor/diretor, mas também reflete muito dos valores/racionalidades/moralidades vigentes em um dado momento histórico e em uma dada sociedade.

A proposta de realização do dossiê está relacionada à potencialidade do cinema como instrumento pedagógico, no sentido de que é também uma pedagogia culturalmente situada sobre os marcadores de gênero e sexualidade. Os artigos aqui selecionados se propõem a oferecer uma visão crítica acerca dos filmes, situando os eventos e as moralidades em termos históricos e discursivos, evitando, assim, reforçar marginalidades e estigmatizações.

Os ensaios refletem em grande medida uma análise fílmica e uma interpretação qualificada por trabalhos e experiências prévias de pesquisa. No entanto, não se trata de proceder a uma interrogação sobre a imagem, embora esta seja permanentemente o alvo da análise. Trata-se de analisar experiências do ver,tomando em conta a difusão debandada pelo maior acesso às tecnologias visuais, a partir da apreensão dos eixos corpo, gênero e sexualidade. 

Link para a revista: 

http://www.periodicos.ufrn.br/bagoas/issue/view/359/showToc



quinta-feira, 22 de maio de 2014

Cinema na Barcelona Libertária novamente...


Entre os dias 28 e 31 de maio ocorrerá em Barcelona a 4ª Edição do Festival de Cinema Anarquista de Barcelona. O festival ocorrerá na Casa de la Solidaritat no bairro do Raval. 
A edição deste ano contará com o filme "Anarcovândalos em Townsville", curta feito pela Biblioteca Terra Livre e exibido no Festival do Filme Anarquista e Punk de São Paulo em dezembro do ano passado.
Em breve o filme estará disponível na internet.



Lista dos filmes aqui: fcab.tk.
The Poster and two promotion videos
see here:http://wp.me/pIJl9-5uV

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http://antrocine.blogspot.pt/2013/07/louise-michel-rebelde-franca-solveig.html
   http://www.antrocine.blogspot.com.br/2013/04/somos-as-imagens-que-vemos.html    
 

"Com todo amor de que disponho" - DIVULGANDO...

http://catarse.me/pt/comtodoamor

Nada mais triste que uma carta que não foi entregue
Atrás das palavras há expectativa, ansiedade, confissões, entrega. E sem a entrega, ela fica incompleta.
Com Todo Amor de que Disponho é um filme de estrada, um road movie, desses que cortam centenas de quilômetros para narrar uma história. Luís está em viagem, mas não sabemos para onde. No caminho, uma carta endereçada para Foz do Iguaçu. Na carta, um mistério.
Não é apenas um curta com uma pitada de thriller psicológico, mas é também um filme que estará misturando um olhar ficcional e documental para enxergar o outro.
Um roteiro que não vira filme é tão triste quanto uma carta que não foi entregue
Atrás das palavras há sons, imagens, cenários, atores, produção, figurino, equipe.
OS CUSTOS
Fazer cinema custa muito caro. Mas para realizar esse projeto já temos quase tudo que é necessário, pois o mais dispendioso já conseguimos: uma equipe comprometida e talentosa que está doando seu esforço em prol do projeto. No entanto alguns custos são incontornáveis, e é por isso que resolvemos abrir esse Catarse.
ORÇAMENTO
De forma bem resumida, o dinheiro será usado assim:
- Deslocamentos da equipe (lembra, é um filme de estrada) – R$ 810.00;
- Hospedagens – R$ 1200,00;
- Alimentação – R$ 560,00;
- Ítens para arte e figurino – R$ 520;
- Aluguel de equipamentos de fotografia e iluminação – R$ 2.000,00;
- Ajuda de custo aos atores – R$ 1.000,00;
- Comissão do Catarse – R$ 910,00.
A pós-produção e as recompensas vão ficar por nossa conta. :)
Se precisar de mais informações, você pode entrar em contato comigo pelo emailaristeuaraujo@haverfilmes.com.br, ou pelo www.facebook.com/aristeuaraujo, ou pelowww.twitter.com/aristeuaraujo. Tem ainda minha página pessoal www.aristeuaraujo.com.br e a da minha produtora www.haverfilmes.com.br .
NOSSA EQUIPE
Aristeu Araújo – Direção, roteiro e montagem
Sofia Helena – Roteiro, assistência de produção e still
Chris Spode – Direção de produção
Denise Soares – Assistência de direção
Thaís Grechi – Direção de fotografia
Charlene Rover – Assistência de fotografia
Guilherme Empke – Técnico de som e edição de som
Luiz Lepchak – Trilha original
Clarissa Koppe – Figurinista
SOBRE O DIRETOR
Aristeu Araújo é diretor, roteirista e montador, tendo passado por mais de 40 filmes. Já dirigiu seis curtas-metragens, entre eles Naquela noite ele sonhou com um mar azul e Por que Corro?. Entre os anos de 2007 e 2013 foi editor de conteúdo da Revista Moviola (www.revistamoviola.com.br), site voltado à crítica de cinema. Também já atuou em diversas produtoras no papel de diretor e montador. Atuou por dois anos como programador de cinema do Sesc Paço da Liberdade, em Curitiba. Em janeiro deste ano, realizou o evento Cinema na Praça, quando foram exibidos filmes em praça pública, tendo tido grande aceitação por parte do público e mídia. Entre 2000 e 2008 trabalhou como jornalista em diversas áreas.
SOBRE A PRODUTORA HAVER FILMES
A nossa produtora, a Haver Filmes, já tem no currículo alguns importantes curtas-metragens. Atualmente finaliza o curta-metragem Chinês É Tudo Igual, com direção de Denise Soares. O filme foi subsidiado pelo edital do Mecenato 2011, da Fundação Cultural de Curitiba, com previsão de lançamento para agosto de 2014. Ainda também para 2014, a Haver Filmes produzirá a mostra Ser Tão Pop, um projeto patrocinado pela Caixa Cultural e voltado a exibição de filmes contemporâneos brasileiros.