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terça-feira, 30 de setembro de 2014

MÉXICO EM ANÁLISES CINEMATOGRÁFICAS

IV COLOQUIO UNIVERSITARIO DE ANÁLISIS CINEMATOGRÁFICO
1 al 3 de octubre de 2014
Aula Magna, Facultad de Filosofía y Letras
Universidad Nacional Autónoma de México
http://coloquiocine.org/

Programa
MIÉRCOLES 1 DE OCTUBRE

9.30 am – Inauguración
José Felipe Coria
CUEC
Deborah Dorotinsky
Posgrado en Historia del Arte


10 am – MESA 1: AUTORITARISMO Y VIOLENCIA
Mônica Brincalepe (Universidade Federal de Uberlândia, Brasil)
“Autoridad patriarcal y violencia en sociedad en la obra de Albertina Carri”

Ana Laura Lusnich (Universidad de Buenos Aires, Argentina)
“Vigilar y castigar: el control social y el ejercicio de la violencia
en dos films de Alejandro Doria realizados en épocas de dictadura”

David Wood (Instituto de Investigaciones Estéticas, UNAM)
“Propaganda y vanguardia: Sanjinés y el Estado”

Genoveva Corro (SUAC / UNAM)
“La política de la imagen en El acto de matar
Comenta: Ismail Xavier

12 pm – MESA 2:  GUERRILLA Y CINE MILITANTE
Cristina Álvarez (FAPESP, Brasil)
“La representación fílmica de la guerrilla colombiana en La toma de la embajada”

Irmgard Emmelhainz (Investigadora independiente)
 “Cine de guerrilla: imágenes y voces prohibidas de Gleyzer y el Grupo Cine de la Base”

Carlos Fernando López (Estudios Latinoamericanos, UNAM)
 “Cine militante: del tercermundismo a la política sensible neoliberal”

Israel Rodríguez (SUAC / UNAM)
Chihuahua: un pueblo en lucha. Cine militante en México en los años 70”
Comenta: Michael Chanan

16 pm – MESA 3: COMUNITARIO/ETNOGRÁFICO
Alberto Cuevas (SUAC / UNAM)
La dimensión política en el cine comunitario”

María Fernanda Carrillo (CUEC, UNAM)
“Echevarría y el documental: poética etnográfica, política de la espiritualidad”

Kim Wilheim Doria (Universidade de Sao Paulo, Brasil)
“Una posible sismografía del Brasil contemporáneo: O invasor y Trabalhar cansa

Ana Nahmad (SUAC / UNAM)
Nuestra voz de tierra. Epistemología militante a través de las imágenes
del cine político latinoamericano de los años 70”
Comenta: Aleksandra Jablonska

18.30 – CONFERENCIA MAGISTRAL
Ismail Xavier
“Brasil-México: un procedimiento (o travelling) en su función simbólica en los cines clásico, moderno y contemporáneo”


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JUEVES 2 DE OCTUBRE
10 am – MESA 4: CINE Y ESTADO
Tania Ruiz (SUAC / UNAM)
“El presidente como público cinematográfico”

Brenda Virginia Rico (Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo)
“La fórmula secreta, una crítica cinematográfica para el México de los años 60”

Andrés Pulido (Centro Universitario de Estudios Cinematográficos, UNAM)
Ola de intereses: noticieros cinematográficos y desagüe de la Ciudad de México”

María Rosa Gudiño (El Colegio de México)
“Francisco del Villar, un director de cine para instituciones públicas”
Comenta: Álvaro Vázquez Mantecón

12 pm – MESA 5: SONIDOS POLÍTICOS
Marcela García (SUAC / UNAM)
“Historia y perspectiva mexicana, La flauta de Bartolo, de Leduc para la niñez”

Pablo Linares (Facultad de Filosofía y Letras, UNAM)
“Música mecánica-naranja maquínica: la no música de la 9ª, la Naranja de Kubrick”

Norma Sánchez (SUAC / UNAM)
“De la palabra a la imagen:¡Vámonos con Pancho Villa! y su traducción al cine”

Erika Arroyo (Central – Distrito Global, México)
El silencio no tiene alas, Kuroki y la experiencia cinematográfica de la memoria”
Comenta:

16 pm- MESA 6: CORPORALIDADES
Tonalli Alejandro López Meza (Posgrado de Historia del Arte, UNAM)
“Unidades del fragmento. Imágenes liminales del cuerpo en el cine de Cronenberg”

César Othón Hernández (Facultad de Filosofía y Letras, UNAM)
“Los skinheads me excitan: subjetivación erótico-política en Bruce LaBruce”

Gabriela Vigil (SUAC / UNAM)
“La transgresión del erotismo: el sesgo queer en el cine de Carlos Reygadas”

Mariana Martínez (SUAC / UNAM)
“El anormal como figura política en Submarino de Thomas Vinterberg”
Comenta: Itzia Fernández

18 pm – MESA 7: LOCAL/GLOBAL
Jessica Fernanda Conejo (SUAC / UNAM)
“Tiempo e identidad en Naomi Kawase”

Javier Ramírez (SUAC / UNAM)
Cobrador, de Paul Leduc”

Himilce Macías (Universidad Cuauhtémoc, Campus San Luis Potosí)
“El cine ambiental, discursos desde la ecología social y la ecología liberal”


Alejandro Valenzuela (Facultad de Artes y Diseño, UNAM)
La princesa Mononoke, conflicto ético y sustentabilidad”
Comenta: Ana Laura Lusnich

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VIERNES 3 DE OCTUBRE
10 am - MESA 8: POLÍTICAS DE AUTOR
Adalberto Müller (Universidade Federal Fluminense, Río de Janeiro, Brasil)
“Orson Welles en México: Política(s) De un Au(c)tor”

Sonia Rangel (Facultad de Filosofía y Letras, UNAM)
“La comunidad imposible: potencia del anonimato en el cine de Béla Tarr”

Aliber Escobar (SUAC / UAM)
“El rasgo estético autoral en las obras de Eric Rohmer”
Comenta:

11.30 am – MESA 9: NUEVO CINE MEXICANO
Adriana Estrada (Universidad Autónoma del Estado de Morelos)
“Representación de realidades subalternas en Méx: Gámez, Menéndez y Echevarría”

Axel Ancira (Estudios Latinoamericanos, UNAM)
“Asedios al cine político: Paul Leduc y Jorge Prelorán”

Karolina Romero (SUAC / UNAM)
¿Cómo ves?: marginalidad, contracultura y la crítica al Progreso”
Comenta: David Wood

16 pm – MESA 10: REPRESENTACIONES DEL PODER
José Miguel Palacios (New York University, EU)
“Politicidad de la imagen y tiempo político en NO (2012) y Propaganda (2014)”

Omar Rodríguez (Universidad de Lethbridge, Alberta, Canadá)
“Re-casting la revolución: El héroe popular en Juan de los muertos”

Montserrat Algarabel (El Colegio de México)
“Política, moralidad y corrupción: representaciones
del ejercicio del poder en Lo negro del Negro

Juncia Avilés (SUAC / UNAM)
“El planeta de los simios: Díaz Ordaz y los granaderos del 68”
Comenta: Julia Tuñón

CLAUSURA
18.30 – CONFERENCIA MAGISTRAL

Michael Chanan
“Del cine militante al video activismo: re-enfoque del documental político”

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Datos adicionales
Organizador o responsable: 
Seminario Universitario de Análisis Cinematográfico

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O enigma de Kaspar Hauser, Werner Herzog (Alemanha, 1974)

"Aqui jaz um desconhecido assassinado por um desconhecido." 


Breve Resenha do filme O enigma de Kaspar Hauser, 1974

No fim do ano passado, durante uma aula de línguistica, ouvi pela primeira vez o nome Kaspar Hauser, e de cara me encantei! A professora nos apresentou o filme alemão “O enigma de Kaspar Hauser”, dirigido por Werner Herzog, do ano de 1974, e apesar de achar o começo (depois percebi que está sensação percorreu o filme todo) um pouco “pesado”, no sentido de dar voltas e ser monótono, a história é íncrivel, e nos faz refletir sobre muitas questões. É um prato cheio para qualquer estudante de Letras, ou ainda, curiosos de plantão.
The Enigma of Kaspar HauserO filme “O enigma de Kaspar Hauser” nos faz refletir sobre questões como a aquisição da linguagem e se esta aquisição estaria ligada com as experiências vividas no “mundo físico”, além de outras questões interessantes como até que ponto a linguagem é capaz de alcançar o pensamento?
Kaspar Hauser é um rapaz que vive há anos trancado em um quarto escuro, ele jamais saiu de lá, e jamais teve algum tipo de contato social. Por conta destas condições, Kaspar além de não falar também não possui parte de suas funções motoras.
The Enigma of Kaspar Hauser (Photo credit: Wikipedia)
A partir daí podemos compreender o quanto, não somente o convívio social, mas também experiências simples que vivenciamos desde pequenos em nosso dia a dia, contribuem para o processo de assimilação e assim, desenvolvimento da fala.
Mesmo Kaspar saindo da clausura e passando a conviver em sociedade, para ele, nada faz sentido. Para ele, seu quarto é maior que a torre, apenas porque ao se virar, de todos os ângulos, ele ainda pode ver as paredes, já a torre, ao se virar, ela “desaparece”.
Outro ponto importante é a questão de como o medo pode ser algo criado, e não um evento natural. Kaspar é atraído por uma vela, mas, após se queimar, aprende que a o fogo machuca e passa a ter medo.
Contudo, observamos que mesmo aprendendo a falar e escrever, Kaspar não compreende os signos. Quando nós falamos a palavra cadeira, por exemplo, automaticamente nos vem à cabeça a imagem de uma cadeira, mas para Kaspar isso era impossível, uma vez que ele jamais viu uma cadeira, o que reforça a importância do processo de assimilação, que nada mais é do que um processo cognitivo, que consiste em classificar novos eventos com base em esquemas já existentes.
Algumas curiosidades sobre o filme
  • Para o papel principal, Werner Herzog convidou um ator que segundo boatos, permaneceu por opção Anônimo, e assim, foi “apelidado” de Bruno S. pelo próprio diretor e equipe;
  • O ator principal passou por diversos problemas de ordem psicológica, tendo sido abandonado pela própria mãe, além de “internado” em uma casa de correção por mais de 20 anos;
  • O filme é baseado em fatos reais, e o personagem Kaspar de fato existiu ; assim como no filme, o garoto solitário e “sem fala” teria sido encontrado ano de 1828 em Nuremberg;
  • Segundo algumas teorias, Kasper seria na verdade filho do príncipe Charles de Bade e de Stephanie de Beauharnais, uma sobrinha de Joséphine de Beauharnais, casados por ordem de Napoleão;
  •  Kasper teria sido roubado de sua mãe, pois assim, a herança da coroa pasaria para uma nova linhagem;
  • Além do ótimo filme, também existe um livro chamado “Kasper Hauser ou a fabricação da realidade”, de Izidoro Blikstein, da editora Cultrix.
publicada originalmente em:  http://embriaguezliteraria.wordpress.com/2013/05/10/resenha-do-filme-kaspar-hauser-1974/

O ENIGMA DE KASPAR HAUSER (1812?-1833): UMA ABORDAGEM PSICOSSOCIAL
Maria Clara Lopes Saboya1
Fundação Instituto Tecnológico de Osasco


 A partir de uma abordagem histórico-cultural em Psicologia, este trabalho analisa o percurso de desenvolvimento de Kaspar Hauser, um personagem real e enigmático que, quando encontrado em Nuremberg, em 1928, com supostamente 15 anos, não sabia falar, nem andar e não se comportava como humano. Até hoje o seu enigma persiste: apesar de muitas hipóteses e suspeitas, não se descobriu sua origem. Apoiando-se em estudos de Vygotsky e Luria, que indicam que a percepção depende, sobretudo, da práxis social, necessária para gestar o referencial cultural de apreensão da realidade, a autora analisa como se articulam linguagem e pensamento no desenvolvimento cognitivo de Kaspar Hauser e como ele concebe o mundo que o cerca, tendo sido privado dos filtros e estereótipos culturais que condicionam a percepção e o conhecimento. Continue a lendo em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65642001000200007&script=sci_arttext

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Cinema com Posição no Brasil

O quarto seminário de pesquisa de 2014, parte integrante das atividades do Grupo de Pesquisa CNPq “História e Audiovisual: circularidades e formas de comunicação”, será realizado no dia 23 de setembro (quarta-feira), às 14h30, no anfiteatro Paulo Emilio, no segundo andar do prédio central da Escola de Comunicações e Artes  da USP.

Neste ano, os seminários serão dedicados às relações entre cinema e história a partir dos documentários brasileiros que se ocuparam do período do regime militar (1964 – 1985), analisando as estratégias de autenticação de seu discurso, como o uso de material de arquivo, do testemunho e da voz over, dentre outros procedimentos.

23 de setembro (quarta-feira, 14h30) - anfiteatro Paulo Emilio

Título: O momento do golpe, as primeiras reações e o percurso do cinema de oposição no período da ditadura.
Expositor: Ismail Xavier (docente, ECA/USP)



Para um histórico e apresentação das atividades do grupo acessar www.historiaeaudiovisual.weebly.com História e Audiovisual também está no facebook





Postagens relacionadas:


http://www.antrocine.blogspot.com.br/2014/04/cinema-contra-copa.html

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Artigo sobre família no cinema: construção de discursos nos filmes hollywoodianos



Artigo "Família no cinema: a construção de discursos nos filmes hollywoodianos contemporâneos", publicado no dossiê "Famílias, Infância e Direito", da Revista Estudos de Sociologia - UNESP.


Autora: Paloma Coelho


RESUMO

Este artigo visa a refletir sobre a construção dos discursos sobre a família em filmes hollywoodianos produzidos e/ou exibidos nas duas últimas décadas, baseando-se nos resultados da minha dissertação de mestrado, intitulada “Olhe bem de perto: a construção dos discursos sobre a família nos filmes hollywoodianos contemporâneos”. Partindo da ideia de que uma obra cinematográfica é produto de seu tempo, ou seja, não se desvincula de visões e de valores da época em que foi produzida, procura-se compreender de que maneira o cinema hollywoodiano tem abordado as configurações familiares diante das mudanças significativas que têm ocorrido na concepção de família nas últimas décadas.


Link para o artigo completo:

http://seer.fclar.unesp.br/estudos/article/view/5710/5125







quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Cinema indígena agoniza sem recursos

Abandonado pelo Ministério da Cultura, cinema indígena agoniza sem recursos

Carlos Minuano
A prolífica produção indígena no cinema revelou cineastas e abriu novos caminhos para a transmissão do conhecimento tradicional entre gerações. Mas o gênero que evoluía no Brasil, conquistando novos espaços e reconhecimento em festivais, e parecia se consolidar no país, praticamente parou por falta de recursos.
"A falta de recursos tem dificultado que novos filmes sejam feitos", diz Vincent Carelli, idealizador do Vídeo nas Aldeias. "A situação dos índios é péssima, a produção é ainda muito reduzida e a gama de problemas muito ampla". Para ele, é preciso investir mais no desenvolvimento da mídia indígena. "Eles precisam de mais acesso a subsídios e mais formação. Não há recursos hoje para formar e equipar novas comunidades". 

Foi o projeto Vídeo nas Aldeias que impulsionou, no final da década de 1990, boa parte da produção. Um estímulo significativo veio com o programa Pontos de Cultura, criada dentro da gestão de Gilberto Gil (2003-2008) no Ministério da Cultura, e que passou a financiar experiências audiovisuais por indígenas. Com mudanças de rumos na política, o dinheiro cessou impedindo continuidade de projetos. "O Ministério da Cultura abandonou os pontos de cultura", diz Carelli. Ainda assim, ele garante que o trabalho segue e continua expandindo fronteiras.
"Apesar do desmanche da política cultural estamos produzindo os trabalhos dos alunos que formamos, e realizando filmes com eles", diz Carelli. Um deles é o bem sucedido documentário "Hiper Mulheres" (2011), que faturou prêmios em importantes festivais de cinema no Brasil e no exterior. Filmado por índios e dirigido por Takumã Kuikuro, Leonardo Sette e o antropólogo Carlos Fausto, o longa mostra um ritual de mulheres da etnia Kuikuro.

A aldeia como ela é
Uma pequena --mas relevante-- amostra dessa produção também está na coleção Um Dia na Aldeia, que acaba de ser lançada pela editora Cosac Naify. São três longas produzidos dentro do projeto Vídeo nas Aldeias, dois deles dirigidos por índios: "Depois do Ovo, a Guerra" e "Das Crianças Ikpengs Para o Mundo". "São trabalhos maduros, que também têm sido bem recebidos em festivais", conta Carelli. O terceiro filme, com corte mais documental, foi dirigido por ele e Dominique Gallois.

Mas o olhar indígena na coleção Um Dia na Aldeia não se restringe ao audiovisual. Os três DVDs estão encartados em livros infanto-juvenis, em edição bilíngue. Cada um conta uma história, inspirada num filme indígena, adaptada por Ana Carvalho, e ricamente ilustrada e colorida por Rita Carelli, filha de Vincent.

"Os livros procuram mostrar que índios não pertencem ao passado nem aos livros de história, mas que estão vivos, brincando, lutando por suas terras e direitos, fazendo suas festas e filmes", afirma Rita, que acompanhou o pai em viagens por tribos de todo o país.


Diversidade indígena em São Paulo
No final de agosto, um grupo de indígenas desembarcou na cidade de São Paulo com cineastas, caciques e pajés para acompanhar a primeira Mostra de Cinema Indígena Aldeia SP. Uma seleção de 34 curtas produzidos por 15 etnias das regiões Norte e Centro-Oeste foi exibida em diferentes espaços culturais da capital.

Os filmes foram feitos em 2010 dentro de oficinas que aconteceram com a criação dos pontos de culturas indígenas, realizadas em parceria com a ONG Rede Povos da Floresta e o Vídeo nas Aldeias. As produções mostram que a apropriação das novas tecnologias serviu para índios explorarem um olhar singular sobre o próprio universo.

É o que transparece, por exemplo, em "A Casa dos Espíritos", dirigido por Morzaniel Iramari e Dário Kopenawa. "O filme traz um pouco do costume e tradição ianomâmi, com um olhar íntimo e único", analisou a curadora da mostra, Alice Fortes, integrante da Rede Povos da Floresta. A narrativa se passa na aldeia Watoriki-Theri, terras indígenas em Roraima e no Amazonas, que preservam uma magia que, segundo ela, garimpeiros não conseguiram roubar.


Outra parte dos cineastas indígenas optou por deixar de lado lendas e mitos e carregaram suas filmagens com tintas mais densas, se apropriando do audiovisual como ferramenta de resistência política. Essa temática mais social tem norteado muito do que tem se produzido pelo país mais recentemente, diz Carelli.

"Há uma diversidade enorme, temos desde o celular registrando a polícia militar entrando em uma aldeia no Nordeste até as manifestações do movimento indígena em Brasília, em streaming ao vivo". Falta, segundo ele, um levantamento que mapeie essa produção. "Tem muita gente fazendo alguma coisa de maneira dispersa".
Índios isolados
A frágil e tensa situação dos índios isolados na fronteira do Acre com o Peru, pressionados pelo garimpo e extração ilegal de madeiras, também já foi retratada em quatro curtas do índio Nilson Huni Kuin.

Para filmar, o indígena, que vive em uma aldeia vizinha a área dos "isolados", conta que realizou diversas expedições de aproximação com um grupo de assistentes. "Chegamos a passar até um mês dentro da mata". Segundo ele, teve ocasiões em que foram recebidos com flechadas de advertência. "Não queriam nos ferir, mas sim dizer que estávamos em território deles". 
Os isolados ganharam o apelido de "os brabos". "São três grupos com cerca de 800 pessoas que vivem em uma situação cada vez mais delicada", diz. O primeiro longa-metragem sobre esse tema deve ficar pronto até o final do ano.

A variedade temática e de estilos de filmes dá uma dimensão da relevância da produção nas aldeias, segundo a curadora da mostra Aldeia SP. "Vai bem além de mostrar a cultura dos índios para o mundo". "Eles não têm tradição escrita, e sim de fala, por isso a produção de vídeos é uma forma natural e orgânica para que se expressem e disseminem seus conhecimentos, não apenas para não-índios, mas para eles mesmos", declara Fortes.

publicado originalmente em: http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2014/09/02/abandonado-pelo-ministerio-da-cultura-cinema-indigena-agoniza-sem-recursos.htm
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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Oficinas aprovadas no I EAVAAM

4 a 6 de novembro, na UFPA

eríodo de inscrições (vagas limitadas): de 12 de agosto a 05 de outubro de 2014


OFICINA 01 - Cinema, Gênero e Sexualidade: festivais, produção e representações



Coordenadores/Ministrantes: Marcos Aurélio da Silva (UFSC/GRAPPA) e Paula Alves de Almeida (ENCE/IBGE)



O nível de empoderamento das mulheres e o desempenho pleno de seus direitos fazem parte, juntamente com outros aspectos, de uma série de medidores do desenvolvimento de regiões ou países, de forma que a igualdade de gênero é reconhecidamente fundamental para o desenvolvimento de toda a sociedade. Expandindo-se os significados de feminino e masculino para além das diferenças sexuais e a noção de gênero para além das categorias binárias, podemos entender que uma sociedade onde estejam assegurados direitos legais e civis a todos os cidadãos e, mais importante, a prática desses direitos é, sem dúvida, uma sociedade melhor para todos os indivíduos e não apenas para grupos sociais definidos. O cinema tem papel fundamental nesse processo. As imagens produzidas, reafirmadas e divulgadas de homens, mulheres, homoafetivos, sexualidades e corpos influenciam as relações na família, no trabalho, na política. E, ao contrário, a quebra de rótulos e a divulgação de imagens positivas e diversificadas dos diferentes grupos sociais e gêneros contribuem para a igualdade no desempenho pleno dos direitos e das práticas, seja na educação, na família, no mundo do trabalho, na política, no acesso aos meios de produção, etc. Essa oficina pretende abordar as relações entre cinema, gênero e sexualidade partindo dos festivais cinematográficos dedicados a estas temáticas, passando pela produção de obras audiovisuais e pela representação dos corpos, gêneros e sexualidades pelo cinema.


OFICINA 02 - Poéticas Afro-brasileiras



Coordenadores/Ministrantes: Arthur Leandro de Moraes Maroja (UFPA) e Isabela do Lago (UFPA) e Aurilene Pereira Ferreira.



Oficina teórica de discussão de trabalhos de arte e estética afro-brasileiras, à luz dos paradigmas estéticos afro-amazônicos - uma experiência plural negra e brasileira nesta região, indicando vínculos a elementos socioculturais africanos e amazônidas.

OFICINA 03 - Esculpindo o tempo em Tarkowski: imagem, cinema e transcendência



Coordenadora/Ministrante: Kátia Marly Leite Mendonça (UFPA).



Andrei Tarkovski é herdeiro da tradição legada por Tolstoi, Dostoievski e Soloviev, para os quais a arte é uma metalinguagem que tem por função o entendimento mútuo e a comunhão entre os seres humanos. Para Tarkovski, as obras primas nascem da luta do artista para expressar seus ideais éticos, os quais são expressos através da imagem, elemento sui generis, pois por meio da imagem se atinge uma consciência do infinito, do eterno dentro do finito, do espiritual no interior da matéria. Neste sentido a arte, na medida em que uma realidade emocional brota do contato com ela, tem uma dimensão ética inalienável da estética.A oficina pretende a partir de análise da obra de Tarkovski abordar a questão do papel ético da imagem e da arte assim como da responsabilidade ética do artista.

OFICINA 04 - Cinema e Linguagem: um olhar sobre gênero



Coordenadora/Ministrante: Maria Luzia Miranda Álvares (UFPA).



Considerando-se o cinema como uma arte que "vê" muito além das imagens projetadas, propõe-se a exibição de um filme com base na temática gênero para a discussão sobre as representações sociais que repercutem no tema e a simbologia que favorece inúmeras interpretações sobre as relações sociais. Filme: "A Velha Dama Indigna" (La vieille dame indigne, França, 1965, 94 min.), de René Allio. Metodologia: Exibição do filme e discussão dos recortes que apresentam os marcadores sociais estabelecendo as evidências de práticas sociais com base nas teorias do patriarcado contemporâneo (Simone de Beauvoir) e gênero, pelo olhar de Joan Scott.

OFICINA 05 - A Arte de Rua: Um olhar sociológico e antropológico



Coordenadora/Ministrante: Karen Cristina Rocha Valentim (Instituto Tamojunto).



A arte de Rua propõe uma sensibilidade interna por meio da exposição utilizando o suporte (a cidade) e o seu público (o transeunte) é que o artista pode compartilhar a arte, revelando outra visão do mundo, a partir de uma observação do ambiente urbano, a preservação histórico-cultural e sendo também a mescla dessas sensações e vivencias. O resultado final são as reações dos expectadores é um ponto importante que auxilia o dialogo com a cidade. Tendo na importância de reafirmar o fator que desde a pré-história à atualidade o homem inscreveu marcas em seu entorno, em suas marcas traduziu sua visão do mundo e suas inquietações em imagens que podem ser observadas até os dias atuais. Assim a partir dessa oficina de arte de urbana pensando a respeito do desenvolvimento das intervenções pela cidade, participando também das vivencias e adquirindo um novo olhar sobre o meio urbano podendo transformá-lo positivamente? Esta é uma maneira de participação na construção estética da cidade. Dialogando também com o ponto de vista sociológico sobre essa expressão artística, não apenas como um grito e mensagens de protesto referente às necessidades de uma classe, mas a ampliação dos olhares para o mundo e dos segmentos existentes na cidade. Desenvolvendo o ponto de vista da imagem, da comunicação, da linguagem, da arte, os símbolos, os significantes, os significados imergindo em um espaço fascinante.

OFICINA 06 - Netnografia em pesquisa social: imagens, prints, GIF's e memes.



Coordenadores/Ministrantes: Michel Ribeiro de Melo e Silva (UFPA) e Lorena Tamyres Trindade da Costa (UFPA).



O objetivo desta oficina é apresentar o método de coleta de dados da Netnografia como ferramenta adaptável a contextos de pesquisa social, em que o pesquisador vai realizar seu campo (ou parte dele) em mídias sociais, websites, fóruns e outros espaços virtuais de sociabilidade. A Netnografia se baseia na coleta de dados em ambientes online em que os usuários compartilham e postam cotidianamente, e de acordo com os interesses de pesquisa o investigador vai participar destes ambientes e coletar dados. Por se tratar de conteúdo digital, a Netnografia irá constantemente lidar com imagens, seja ela em forma de prints das postagens, gifs, fotos e vídeos. A pesquisa através de imagens na Web é um recurso indispensável para a compreensão das questões sociais que podem ser identificadas dentro destes novos espaços de sociabilidade. Assim, o conteúdo desta oficina irá apresentar as noções básicas da pesquisa nestes espaços e da cibercultura e depois apresentar uma Proposta de método netnográfico que seja complementar à pesquisa de campo tradicional e possa potencializar o uso método antropológico e suas possíveis abordagens no âmbito da interação digital e seus impactos sociais.

OFICINA 07 – Trânsitos marginais: fanzines e culturas visuais urbana



Coordenador/Ministrante :Victor Hugo Burçãos (UFPA).



A cultura do fanzine - forma de publicação artesanal, de caráter independete e livre, circulação restrita e anti-comercial - é disseminada, sobretudo, por culturas urbanas como uma forma de publicação marginal, espaço de debate e registro visual-literário-ideológico. Apropriada e continuamente ressignificado por indivíduos e coletivos punks, anarquistas, ativistas veganos, straight edges, quadrinistas, permacultores e grupos ligados à criação e crítica das artes visuais, que o tornam uma ferramenta de comunicação, divulgação e reprodução das técnicas e saberes desses sujeitos e grupos que tem no espaço urbano o locus de suas práticas e vivências, podendo extrapolar - ou não - suas cenas e comunidades, os fanzines podem ser meios de mediação e identificação entre esses grupos. Como ferramentas de comunicação alternativa, se dedicam a temáticas pouco ou inexploradas pela mídia impressa ou televisiva comercial. Assim, se configuram como um campo de experimentação de estéticas visuais/literárias, onde dialogam diversas técnicas de confecção - como fotografias, ilustrações, gravuras e colagens - e reprodução próprias.

OFICINA 08 - Netnografando: uma experiência virtual de etnografia



Coordenadora/Ministrante: Dayse Alvares de Morais Silva (PUC-SP)



A oficina tem o objetivo de capacitar pesquisadores para o desenvolvimento de pesquisas de etnografias virtuais e/ou netnografias. Na oficina apresentaremos o conceito e as diferenças entre etnografia, etnografia virtual e netnografia. A proposta é que a oficina seja dividida em dois momentos: 1º momento: Apresentação da teoria e 2º momento: desenvolvimento da percepção sensorial do(a) observador(a) através de atividades que serão realizadas no ambiente virtual de aprendizagem (Moodle), Museu Virtual e em Redes Sociais (Facebook).
Mais informações: www.eavaam2014.com.br
Postagens relacionadas:
http://www.antrocine.blogspot.com.es/2014/08/resumo-ate-quarta-feira.html
http://www.antrocine.blogspot.com.es/2014/07/i-eavaam-encontro-de-antropologia.html