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terça-feira, 26 de junho de 2012

Perdemos um Colosso:

Depois de Theo Angelopoulos, Linduarte Noronha, Gilberto Velho, Paulo César Saraceni, Moebius e Jaguar o mundo perde também este ano um dos mais rebeldes, iconoclastas, criativos, instigantes e polêmicos cineastas brazucas...

Carlos Reichenbach


14.junho.2012 22:52:45

Ao Carlão, que morreu jovem



Não me sinto lá muito em condição de escrever sobre Carlos Reichenbach, que nos deixou hoje, sem avisar, aos 67 anos. Teve uma parada cardíaca, parece, e morreu antes de ser atendido. Carlão era safenado, mas parecia estar bem. Encontrei-o, pela última vez (mas eu não sabia disso) faz um mês, num seminário do qual ele participou, sobre cinema digital, no Cine Sesc.
Estava bem, e tão bem que vinha trocando e-mails com minha mulher, que o convidara para escrever sobre Paulo Emilio Salles Gomes num livro que ela está organizando.
Quando o encontrei pela última vez, Carlão estava contente. Eu quase não o reconheci, pois era a primeira vez que o via sem os célebres óculos de fundo de garrafa, sua marca registrada, além da voz rouca. A voz era a mesma, mas Carlão agora estava de cara limpa, sem os óculos. Havia sido submetido a uma operação de catarata e aproveitara para corrigir a miopia. Estava feliz e me recomendou o procedimento.
Enfim, conhecia o Carlão de longa data, mais de 20 anos. Admirava sua obra, e ele sabia disso. Gostava também da sua maneira de estar no mundo, de não envelhecer, de ficar do lado dos jovens, tomar partido dos rebeldes, mesmo os rebeldes sem causa. Sobretudo os sem causa. Carlão era anarquista, um egresso das lutas de 68. Gente assim não envelhece. Morre jovem. Carlão morreu jovem. A generosidade ajuda na conservação da alma, a mesquinhez a envelhece e avilta.
Dos filmes dele, os que mais gosto: para mim, a obra-prima é Filme Demência, sua versão subversiva do Fausto.
Também gosto muito de Liliam M: Relatório Confidencial. E de Alma Corsária, esse filme libertário e poético, que sacudiu o marasmo estético de um antigo festival de Brasília e acabou levando o prêmio principal.
Dos mais recentes, fico com Garotas do ABC, embora Falsa Loura não me desagrade. Pelo contrário. Tem alguns dos mais inspirados planos do cinema brasileiro recente.
Mas o que é legal mesmo no Carlão é essa união entre o intelectual super bem informado do cinéfilo com a atenção para o caráter popular do cinema. Uma combinação rara.
E mais do que tudo, o Carlão era um grande amigo, uma alma larga e generosa. Poucas mortes em nosso meio foram tão lamentadas.
Fico devendo um texto mais analítico. Fica para depois. Agora é o coração que manda.
Luiz Zanin


Carlos Reichenbach morre em São Paulo aos 67 anos

O cineasta Carlos Reichenbach morreu na tarde da ultima quinta-feira (14), em São Paulo, vítima de um infarto.

Nascido em Porto Alegre, Reichenbach fez carreira no cinema nacional a partir de São Paulo. Carlão (como era conhecido no meio cinematográfico) viveu quase toda sua vida em São Paulo. Ele foi um dos cineastas mais autorais do País e dirigiu 22 filmes.
Entre eles, títulos fundamentais para a história do cinema nacional como "A Ilha dos Prazeres Proibidos", de 1979, "Império do Desejo", de 1981 e "Garotas do ABC", lançado em 2003. Seu filme mais recente foi "Falsa Loura", de 2007.

Ele também atuou como diretor de fotografia em 38 filmes e era roteirista e produtor. Combativo, defendeu o cinema autoral brasileiro e participou de diversos movimentos de de vanguarda, como Cinema Marginal e as experiência mais autorais da Boca do Lixo.
Entre os prêmios recebidos em sua carreira destacam-se o Kikito de melhor diretor no Festival de Gramado por "Filme Demência", em 1986, e o Candango de melhor filme no Festival de Brasília por "Alma Corsária", em 1993.





Alcançou reconhecimento internacional quando, nos anos 1980, sua obra foi tema de mostra no Festival de Roterdã, na Holanda. Este ano, o mesmo festival exibiu uma cópia restaurada de "Lilian M - Relatório Confidencial", de 1975, icônico na sua filmografia.


Reichenbach, que também foi professor de cinema da Universidade de São Paulo (USP) e atualmente comandava desde 2004 a Sessão do Comodoro no CineSesc, que exibia mensalmente filmes raros e inéditos no circuito brasileiro.



Era casado com Lygia Reichenbach e deixa três filhos e uma neta.O cineasta completou 67 anos no dia de sua morte.



Confira filmografia de Reichenbach:
1968: "Esta Rua tão Augusta" (curta documentário)
1968: "As Libertinas" (segmento "Alice")
1969: "Audácia" (segmentos "Prólogo" e "A Badaladíssima dos Trópicos x Os Picaretas do Sexo")
1971: "Corrida em Busca do Amor"
1975: "Lilian M.: Relatório Confidencial"
1978: "Sede de Amar"
1978: "A Ilha dos Prazeres Proibidos"
1980: "O Império do Desejo"
1981: "O Paraíso Proibido"
1980: "Amor, Palavra Prostituta"
1982: "As Safadas" (segmento "Rainha do Fliperama")
1983: "Extremos do Prazer"
1985: "Filme Demência"
1986: "Anjos do Arrabalde"
1990: "City Life" (documentário) (segmento "Desordem em Progresso")
1993: "Alma Corsária"
1994: "Olhar e Sensação" (curta)
1999: "Dois Córregos - Verdades Submersas no Tempo"
1999: "Bens Confiscados"
2002: "Equilíbrio e Graça" (curta)
2004: "Garotas do ABC"
2007: "Falsa Loura"

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Cinema em Movimento

Revista Movimento
A Revista Movimento é um periódico científico semestral, organizado pelos alunos do Programa de Pós-graduação em Meios e Processos Audiovisuais da ECA/USP. Seu regimento resulta de um trabalho coletivo, decidido em assembleia e desvinculado de grupos específicos de pesquisa. 


Além de divulgar materiais do programa e de outras instituições, a Revista Movimentopretende ampliar o debate, nas mais variadas áreas e linhas de pesquisa,  sondando as possíveis interfaces entre as atividades docentes,  discentes e o cotidiano imediato da universidade.



Abrindo-se ao seu tempo/espaço de origem, o nome da revista rememora dois eventos marcantes. Em 1935, o periódico Movimento, experiência juvenil de Paulo Emilio Salles Gomes, de importância para o contato do jovem crítico com a geração de Oswald de Andrade. Ao longo dos anos 1970, o jornal de propriedade coletiva Movimento, local de reorganização da esquerda e espaço de discussão estética, que contribuiu para a luta da sociedade civil contra a ditadura militar. 
Conheça a revista e as nossas normas de publicação: www.revistamovimento.net

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Imagens do Patrimônio Cultural Imaterial Latinoamericano

Tens Fotos e Filmes pra socializar? Bota na Roda e ainda podes ganhar um troco, além de participar nessa construção da nossa Memória coletiva Latinoamericana...

Prazo final: 19 de setembro de 2012.

O Centro Regional para a Salvaguarda do Patrimonio Cultural Imaterial de América Latina (Crespial) está recebendo inscrições para o Concurso de Fotografias e Vídeos do Patrimônio Cultural Imaterial da América Latina 2012, que vai premiar os melhores registros das diversas expressões do patrimônio cultural imaterial dos países latino-americanos. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 19 de setembro de 2012. O regulamento e o formulário de inscrição estão disponíveis em + Infos.

O objetivo é criar um Banco de Fotos e Videos (BFV) do Patrimônio Cultural Imaterial da América Latina, para impulsionar as ações de salvaguarda em todos os países membros do Crespial: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. A participação pode ser individual ou coletiva e os prêmios variam de 2.500 a 700 dólares.
Segundo a Convenção de 2003 da Unesco, entende-se por “patrimônio cultural imaterial” as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Este patrimônio cultural imaterial, que se transmite de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade e contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.



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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Jovem cineasta indígena é assassinado



O CBC / Congresso Brasileiro de Cinema torna público o seu repúdio ao assassinato do jovem cineasta colombiano Yamid Bailarín Suescun e ao Manifesto lançado pelo EnDoc XXI.
Neste sentido solicita sua a adesão e subscrição ao referido documento através do envio de mensagens para o endereço eletrônico: cbc.articulacao@cbcinema.org.br
registrando em seu cabeçalho REPÚDIO.
E informando no corpo da mensagem:
No caso de entidades
Nome da entidade, esfera de atuação (municipal, estadual, nacional ou internacional) e cidade, estado e país sede das atividades;
No caso de pessoas físicas
Nome, profissão e cidade , estado e país de residência.
Informamos que após a coleta de subscrições o documento final será encaminhado à coordenação do EnDoc XXI e também às autoridades colombianas.
Certos de que esta é uma causa justa, que merecerá apoio de toda a comunidade audiovisual e cultural, agradecemos antecipadamente.

Americanos de todas as culturas, de pé!!!
Chega de assassinatos!!! Nossa voz é a voz de nossos mortos!!!

João Baptista Pimentel Neto
Presidente do CBC / Congresso Brasileiro de Cinema

 Confira abaixo o texto do Manifesto e as informações sobre as circunstâncias do assassinato de Yamid Bailarín Suescun

Se uma voz é silenciada, milhões de gargantas irmãs devem substituí-la em um grito feroz… Chega!!!
A noticia que nossa irmã Rosaura Villanueva nos enviou sobre a morte de Yamid Bailarín Suescun, jovem cineasta colombiano, originário da Reserva Jaikerazabi do município de Mutata, encheu de angustia e indignação a comunidade de cineastas e não cineastas de toda América Latina e obriga a todo ser humano a levantar sua voz em protesto por semelhante violência. Exigimos das autoridades colombianas uma resposta clara e precisa sobre este fato e outros semelhantes que podemos chamar com toda razão de CRIMES CONTRA A HUMANIDADE, crimes imprescritíveis conforme as resoluções dos mais altos organismos internacionais. As ações dos grupos paramilitares ou de grupos amparados pelas autoridades locais e nacionais, que estão praticando assassinatos de homens, mulheres e crianças membros das comunidades originais, não é somente indignante, são também verdadeiros e atrozes GENOCÍDIOS denunciados sistematicamente pelos nossos companheiros documentaristas, e que são ordenados pelos interesses capitalistas imperialistas para conseguir desta maneira apropriar-se das terras, águas, bosques e céu em nome de um suposto progresso que não é nem mais nem menos, que outra sinistra forma de latrocínio em prejuízo dos ancestrais e verdadeiros habitantes destas terras. 

Exigimos a interrupção de semelhantes atos criminosos e exigimos das mais altas autoridades colombianas e da Presidência da Nação uma investigação exaustiva e honesta, e punição aos culpados, como exigimos que se pare com todo ato de intimidação criminosa em cada uma das regiões ameaçadas da nossa América por estas escuras forças a serviço dos que se acreditam donos de vidas e sonhos dos nossos povoadores originais.

EnDocXXI
Encontros de Documentaristas Latino Americanos e do Caribe – Século XXI
***************************
ÁREA DE COMUNICACIONES / ASOCIACIÓN CAMPESINA DE ANTIOQUIA
PRODUCCIONES EL RETORNO / 2012
http://comunicaciones.acantioquia.org/
LA ESCUELA DE REALIZACIÓN AUDIOVISUAL COMIENZA UN NUEVO PROCESO EN MEDIO DE LA NOTICIA DEL ASESINATO, EN EXTRAÑAS CIRCUNSTANCIAS, DE UNO DE LOS JÓVENES CONVOCADOS.
 
Yamid Bailarín Suescun había llegado a Medellín para participar de un nuevo proceso de formación y capacitación en la Escuela de Realización Audiovisual, delegado por la Organización Indígena de Antioquia.
Reunidos en Medellín, delegados de comunidades campesinas e indígenas del Cauca, Norte de Santander, Caldas, Nariño y Antioquia ha comenzado una nueva etapa de la Escuela de Realización Audiovisual. Sorprendidos por la triste noticia, en la madrugada del domingo, del asesinato de Yamid Bailarín, comunicador audiovisual indígena del resguardo Jaikerazabi del municipio de Mutata que había llegado a la ciudad para participar del proceso. Su semilla será memoria y fortaleza para continuar haciendo visibles las agresiones en contra de las comunidades que habitan territorios que interesan a empresas multinacionales y en los cuales hacen presencia grupos armados que atentan contra la vida e integridad de los procesos comunitarios que resisten de manera ancestral. Nos duele este hecho pero nos reafirma, en memoria de Yamid, para continuar este esfuerzo por hacer memoria de aquellos que no pudieron seguir siendo.

Yamit Bailarin Suescun (foto), indígena Embera perteneciente al resguardo Jaikerazabi del municipio de Mutata, fue encontrado muerto este domingo 27 de mayo en los bajos de uno de los edificios de la Ciudadela Nuevo Occidente. Este joven indígena se venia desempeñando como coordinador del colectivo de comunicaciones en el resguardo Jaikerazabi, en la actualidad se encontraba en la ciudad realizando algunos estudios en comunicación.

En la noche del sábado el joven indígena participó en una reunión social en el corregimiento San Cristóbal, el hecho de transitar en horas nocturnas por el sector, sin conocer que en algunos sectores de la ciudad existen las llamadas barreras invisibles lo llevó ser victima de las bandas delincuenciales.
La Organización Indígena de Antioquia – OIA, rechaza ante la opinión pública nacional e internacional que a las graves violaciones a los derechos humanos que se vienen presentando en los territorios indígenas del departamento se suman también los actos de violencia en contra de la población indígena en las ciudades y cascos urbanos. Por esta razón la OIA exige al Estado colombiano la implementación urgente de los planes de salvaguarda tendientes a mitigar la situación de exterminio físico y cultural de los pueblos indígenas que se viene dando a lo largo y ancho del país a causa del conflicto armado y de la misma manera exigimos a los organismos judiciales, Fiscalía, Procuraduría y Personería la completa investigación y posterior judicialización de las personas responsables del hecho.

Exigimos a los actores armados el respeto a la vida y a la libertad de los comunicadores populares que denuncian y hacen visible la realidad de sus comunidades.

“Yamid visibilizaba el movimiento indígena. Siempre investigaba las denuncias de maltrato a indígenas y a mujeres. Se encontraba haciendo un documental sobre la violación de los derechos humanos en Urabá“, sostiene Wiliam Carupia, presidente de la Organización Indígena de Antioquia.

ÁREA DE COMUNICACIONES / ASOCIACIÓN CAMPESINA DE ANTIOQUIA
 
Observatorio Audiovisual e Investigativo sobre Procesos Comunitarios y de Resistencia
PRODUCCIONES EL RETORNO / 2012 - http://comunicaciones.acantioquia.org/

Publicado originalmente em: CBC repudia assassinato de jovem cineasta indígena colombiano


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sexta-feira, 8 de junho de 2012

1º FESTIVAL “CINEMA PELA VERDADE”


Antrocinean@s de plantão o primeiro festival "Cinema pela Verdade" está rodando as 27 capitais brasileiras, percorrendo 81 universidades, para promover sessões e debates gratuitos de filmes que tratam sobre o período da ditadura e suas consequências. O projeto foi contemplado pelo edital "Marcas da Memória", da Comissão de Anistia, e criado pelo ICEM (Instituto Cultura em Movimento)  com o objetivo de apresentar para os jovens através do audiovisual esse importante período da nossa história que a maioria desconhece.
Em São Paulo, ele acontece a partir do dia 11 e vai até dia 20 de junho.
Os filmes selecionados foram: Cidadão Boilsen (2009) de Chaim Litewski; Condor (2007), de Roberto Mader; e Hercules 56 (2006), de Silvio Da-Rin, além da participação do filme "Uma longa viagem", de Lucia Murat, que acaba de ser lançado.
A programação completa em Sampa está abaixo, não deixem de conferir na Universidade mais próxima...
"Pela vida, Pela Paz, Militares Nunca mais!"
Há braços y Salud!

1º FESTIVAL “CINEMA PELA VERDADE” PROMOVE DEBATE SOBRE A DITADURA MILITAR NAS PRINCIPAIS UNIVERSIDADES DO PAÍS
Projeto vai percorrer 27 capitais com exibição gratuita de filmes sobre o tema
Durante os meses de maio e junho, as principais universidades do país serão palco para o primeiro festival “Cinema pela Verdade”, realizado pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM) em parceria com o Ministério da Justiça, via Comissão de Anistia. O projeto vai levar para os quatro cantos do Brasil filmes nacionais que têm como tema o período da ditadura militar e suas conseqüências.
O cinema sempre foi e será um instrumento indispensável de resgate da memória de um país. 
Após cada exibição, será promovido um debate com acadêmicos, pesquisadores, integrantes de movimentos sociais e culturais, além dos próprios diretores ou equipe de produção dos filmes, onde estudantes e debatedores terão a chance de trocar conhecimento e experiências, fomentando assim a discussão.
Para a produção do “Cinema Pela Verdade”, o ICEM conta com 27 “Agentes Mobilizadores”, isto é, universitários previamente selecionados e treinados de cada capital que serão responsáveis por articular localmente as exibições nas universidades, divulgar o evento, ajudar na pesquisa de pessoas para compor as mesas de debates, além de escrever relatório acadêmico sobre cada sessão.
FILMES SELECIONADOS:
Cidadão Boilsen - Um capítulo sempre subterrâneo dos anos de chumbo no Brasil, o financiamento da repressão violenta à luta armada por grandes empresários, ganha contornos mais precisos neste perfil daquele que foi considerado o mais notório deles. As ligações de Henning Albert Boilesen (1916-1971), presidente do grupo Ultra, com a ditadura militar, sua participação na criação da temível Oban – Operação Bandeirantes – e acusações de que assistiria voluntariamente a sessões de tortura emergem de diversos depoimentos de personagens daquela época. Direção: Chaim Litewski, 2009 Documentário, 92 minutos.
Condor - Condor foi o nome dado à cooperação entre governos militares sul-americanos que resultou no seqüestro e assassinato de milhares de pessoas e no exílio de tantas outras. Uma análise contemporânea destes eventos, trazendo uma história de terrorismo de Estado, mas também de pessoas e da procura pela verdade e justiça.Direção: Roberto Mader, 2007. Documentário, 106 minutos.
Hércules 56 – Na semana da independência de 1969 o embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick, foi sequestrado. Em sua troca foi exigida a divulgação de um manifesto revolucionário e a libertação de 15 presos políticos, que representam diversas tendências políticas que se opunham à ditadura militar. Banidos do território nacional e com a nacionalidade cassada, eles são levados ao México no avião da FAB Hércules 56. Através de entrevistas com os sobreviventes os fatos desta época são relembrados. Direção: Silvio Da-Rin, 2006. Documentário, 94 minutos.
Festival Cinema Pela Verdade - São Paulo

Programação Confirmada:
 Unifesp - Auditório Adamastor Pimentas

11 de junho (segunda-feira)
18:30 - Sessão de Cidadão Boilesen

12 de junho (terça-feira)
18:30 - Sessão de Hércules 56
13 de junho (quarta-feira)
18:30 - Sessão especial Uma longa Viagem

Usp - Cinusp Paulo Emílio

25 de junho (segunda-feira)
16:00 - Sessão de Hércules 56 (sem debate)
19:00 - Sessão de Condor (com debate)

26 de junho (terça-feira)
16:00 - Sessão de Cidadão Boilesen (com debate)

27 de junho (quarta-feira)
16:00 - Sessão de Hércules 56 (com debate)

28 de junho (quinta-feira)
16:00 - Sessão de Condor (sem debate)
19:00 - Uma longa Viagem (com debate)

29 de junho (sexta-feira)
16:00 Sessão especial Uma longa Viagem (com debate)
19:00 Sessão especial Uma longa Viagem(com debate)

Fesp - Auditório principal

18 de junho (segunda-feira)
18:30 - Sessão de Condor

19 de junho (terça-feira)
18:30 - Sessão de Hércules 56

20 de junho (quarta-feira)
18:30 - Sessão especial Uma longa Viagem


Festival Cinema Pela Verdade - Yjurerê Mirim/SC
Em Santa Catarina, além da Udesc nos dias 11 e 12 , a mostra também percorrerá a UFSC, nos dias 18, 19 e 22 de junho, e o Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (Cesusc), nos dias 20 e 21 de junho.
"As minhas amadas forças, Contra as Forças Armadas!" 

quinta-feira, 7 de junho de 2012