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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Boas Novas Danças e...


 Selamat Tahun Baru kepada Semua - Boldog Új Évet minden - Bonne Année à Tous Happy New Year to All -
Šťastný Nový Rok všem - Laimīgu Jauno gadu uz visiem
 - 
С Новым Годом всех
- Ευτυχισμένο το Νέο Έτος σε όλους - બધા માટે હેપી ન્યૂ યરHamingjusamur Nýtt Ár til allra - Frohes Neues Jahr an Alle سنة جديدة سعيدة لجمي - Urte Berri Guztiak -
Godt Nytår til alle -
Happy Sabuwar Shekara ga All -
Happy New Year kuya Konke -
O ku odun titun lati Gbogbo -
З Новим Роком всіх -
祝大家新年快樂所有  -
すべてハッピーニューイヤー
-
Szczęśliwego Nowego Roku dla wszystkich -
Buon Anno a Tutti


Em 2014 nos encontramos em Rosário: Hasta pronto y P`Adelante!

Nós do Grappa acabamos de ter a confirmaçao da aprovaçao do nosso Grupo de Trabalho em Antropologia do Cinema em terras rosarianas...

De  23 al 26 de julio de 2014
XI Congreso Argentino de Antropología Social, que en esta oportunidad estará organizado por la Escuela de Antropología de la Facultad de Humanidades y Artes de la Universidad Nacional de Rosario.

 A tod@s bem Vindos e Muchas Gracias, sem vocês a vida seria sem graça e diversidade.

Por enquanto curtam as viagens dessa outra trupe:


Em  breve divulgaremos mais infos sobre o evento: um 2014 pleno, único e inesquecível  para tod@s!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Na estica...mande seu trabalho até o fim do ano

IV Encontro Anual da AIM
UBI - Universidade da Beira Interior, Covilhã
15, 16 e 17 de maio, 2014





Call for Papers aberto até 31 de dezembro de 2013.
+info: http://aim.org.pt/encontro/

O IV Encontro Anual da AIM acontecerá na Universidade da Beira Interior, Covilhã, entre 15 e 17 de maio de 2014, e resulta da organização conjunta da AIM, do LabCom - Laboratório de Comunicação On-Line, e Faculdade de Artes e Letras, ambos da Universidade da Beira Interior.

Os conferencistas convidados, cuja presença no IV Encontro Anual da AIM já está confirmada, são: Vicente Sánchez-Biosca, da Universitat de València (Espanha), autor de Retóricas del Miedo: Imágenes de la Guerra Civil Española (2012), NO-DO: El Tiempo y la Memoria (2006; com Rafael R. Tranche) e Cine y Guerra Civil: Del Mito a la Memoria (2006); Massimo Canevacci, da Università degli Studi di Roma La Sapienza (Itália), atualmente Professor Visitante na Universidade de São Paulo (Brasil), autor de A linha de pó. A cultura bororo entre tradição, mutação e auto-representação (2012), Fetichismos Visuais (2008) e A cidade polifónica. Ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana (1993); André Parente, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil), autor de Tramas da rede: Novas dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação (2005), Narrativa e modernidade. O cinema não–narrativo do pós-guerra (2000), e Sobre o cinema do simulacro: Cinema existencial, cinema estrutural e cinema brasileiro contemporâneo (1998).

Como habitualmente, depois do Encontro serão publicadas atas eletrônicas.


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Corpos estendidos e conectivos na produção cinematográfica




Autora: Carmela Morena Zigoni Pereira    
Ano: 2013
Orientador: Lia Zanotta Machado
UnB

RESUMO
O presente estudo consiste em uma etnografia do set cinematográfico que trata especificamente da atuação de ciborgues na produção de filmes ficcionais para o cinema, no contexto brasileiro. Trata-se de realizar um debate sobre as novas abordagens da relação entre humanos e objetos, máquinas e máscaras, a partir de trabalho de campo realizado com profissionais pertencentes ao campo cinematográfico. Estes profissionais realizam atividades tecnicamente qualificadas em busca da imagem, se organizam em rede e praticam rituais (atos de corpo e de fala) para impulsionar a troca de informações, gerar efeitos materiais e imateriais, produzindo uma socialidade singular. A especificidade técnica de cada área de atuação na produção – direção, fotografia, operação de máquinas, interpretação de atores –, têm em comum serem efetivadas por meio de tecnologias e extensões corporais constituidoras de subjetividades e coletivos particulares. Considerando duas interfaces principais, a máquina e a máscara, os dados etnográficos foram analisados a partir de teorias como a antropologia do ciborgue (Haraway, 1985:2000; Preciado, 2011; Régis, 2012), da constituição da pessoa (Mauss, 1950; Strathern, 1988: 2006), a Teoria do Ator Rede (Latour, 2000; 2005; 2007) e a teoria dos rituais em antropologia (Tambiah, 1985; Schechner, 1988, 2002; Latour, 2004). Desvendamos, assim, como o set cinematográfico constitui-se em um espaço sócio-temporal distinto do cotidiano, que abriga um coletivo híbrido particular, dedicado a produzir verdades e ficções por meio de práticas cotidianas, eventos críticos, e imagens em movimento. Esta produção se torna possível pelas crenças compartilhadas quanto ao objeto artístico (filme), pelas fronteiras borradas entre corpos (conformação de híbridos), pelo fluxo de informações e ações rituais organizadas e controladas em rede.
Palavras-chave: cinema, corpo, técnica, ciborgue, rede, ritual.





ABSTRACT
This is an ethnographic study of the cinematographic set which specifically addresses the role of cyborgs in fictional productions for cinema, in Brazilian context. It proposes a debate on new approaches on the relationships between humans and objects, machines and masks, based on fieldwork among cinema professionals. These professionals carry out highly qualified technical activities pertaining to image capture, are organized in network-like arrangements, and practice rituals (bodily and speech acts) in order to foster the exchange of information, produce tangible and intangible effects, thus generating a singular kind of sociality. The technical specificities of each expertise – direction, photography, machine operation, acting– have in common their enactment through technologies and bodily extensions that constitute particular collectives and subjectivities. Based on two chief interfaces, the machine and the mask, ethnographic materials were analyzed drawing on theoretical frameworks such as cyborg anthropology (Haraway, 1985:2000; Preciado, 2011; Régis, 2012), studies on personhood (Mauss, 1950; Strathern, 1988: 2006), actor-network theory (Latour, 2000; 2005; 2007), and anthropological theories on rituals (Tambiah, 1985; Schechner, 1988, 2002; Latour, 2004). The cinematographic set was thus unveiled as a socio-temporal space distinct from daily life, which encompasses a particular hybrid collective dedicated to producing truths and fictions through quotidian practices, critical events, and moving images. This production is made possible by shared beliefs regarding the artistic object (the movie), blurred boundaries between bodies (assembling of hybrids), information flows and ritual actions organized and controlled through networks.
Keywords: movie, body, technique, cyborg, network, ritual.




http://www.dan.unb.br/images/doc/TESE_Doutorado_119.pdf


Uma infinidade de filmes clássicos e alternativos para você

Via  Biblioteca Terra Livre
O fórum de filmes MakingOff.org, possivelmente um dos principais fóruns de filmes alternativos brasileiros, se encontra com o cadastro aberto para novos usuários por tempo limitado. Seja rápido e garanta seu acesso...

O fórum contém muitos filmes libertários e ótimos documentários. Além de uma infinidade de filmes clássicos e alternativos. E a melhor parte é que todos os filmes postados possuem legendas em português. 

Confiram e compartilhem!

 http://makingoff.org/forum/index.php?app=core&module=global&section=register

Tempo de Protesto - THE WEATHER UNDERGROUND, Sam Green e Bill Siegel (USA, 2002)

A UERJ deixa no 1º andar uma árvore com o tema da Copa do Mundo e @s estudantes decoram com a melhor mensagem que poderia ser escrita.

O filme proibido que o grupo fez sobre si mesmo, aqui
Um clássico para compartilhar em família este Natal:
 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A Lenda da Criação do Mundo e dos Orixás. Ana Paula, Cristiano, Vinícius, Aline, Dayana, Edna & Maria Alice (Brasil, 2013)

E agora, minha gente, uma história eu vou contar … uma história bem bonita, todo mundo vai gostar!

Acarajé de Iansa - Carybé
O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro apresenta o terceiro volume da Coleção “A lei 10639/03 e a formação de educadores”. Trata-se do material didático-pedagógico criado para o “III Curso de Extensão em História e Cultura Negra” oferecido pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UERJ (2013). O filme “A Lenda da Criação do Mundo e dos Orixás” é inspirado em uma lenda de origem iorubá mantida viva pela tradição oral.

Acreditamos que o reconhecimento da produção cultural dos afro-brasileiros é um dos caminhos para a construção de um país verdadeiramente multicultural que erradique as práticas racistas que sustentam as discriminações, preconceitos e produzem desigualdades. Cabe ressaltar que o legado afro-brasileiro pertence a todos nós, brasileiros de todas as origens. Assim, a lei 10639/03 nos estimulou a apresentar de forma lúdica o tema da criação do mundo e dos orixás que tanto faz parte da religiosidade brasileira quanto da afro-brasileira. Este vídeo, destinado à educação infantil, tem como objetivo difundir os valores civilizatórios da cultura afro-brasileira, preservar sua memória e combater qualquer tipo de intolerância religiosa.

O Filme
Trata-se de uma animação com uma linguagem acessível ao público infantil. Acreditamos que o uso de materiais presentes no dia a dia da escola – brinquedos, sucatas e papeis de diferentes texturas – possam facilitar a comunicação entre alunos e professores e simplificar a transmissão de conhecimento. Nossa expectativa é que esse vídeo possa fazer parte das rodas de histórias comuns nas classes da educação infantil.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Livro para download: Cinema e Memória – O Super 8 na Paraíba nos anos 1970 e 1980.



Livro para download:  Cinema e Memória – O Super 8 na Paraíba nos anos 1970 e 1980.

Organizado por Lara Amorim e Fernando Trevas, a publicação reúne textos de seis autores que refletem sobre a produção superoitista, o cinema direto na Paraíba e o contexto cultural que gerou a produção alternativa e experimental dos anos 70 e 80.



Em 2010, em parceria com a Balafon Produtora, o Laboratório de Antropologia Visual – Arandu e o Núcleo de Documentação Cinematográfica – NUDOC, ambos da UFPB, produziram em João Pessoa a Mostra Jean Rouch, uma retrospectiva da obra do antropólogo cineasta que passou por várias capitais brasileiras entre 2009 e 2010. A “volta de Rouch à Paraíba”, com 37 filmes, entre eles filmes inéditos e desconhecidos de muitos pesquisadores da área de cinema e antropologia, movimentou a relação de muitos de nós, professores da UFPB, com o cinema paraibano.
Afinal, em 1979, uma cooperação entre Rouch e a Universidade Federal da Paraíba plantou no meio acadêmico e cultural da cidade uma maneira de registrar imagens em audiovisual que, ao mesmo tempo em que lançou frutos como os que veremos no acervo digitalizado, provocou também polêmicas entre realizadores quanto ao estilo do Cinema Direto e ao uso do Super-8. Em meio a esta percepção, alguns professores do curso de antropologia e de cinema da UFPB resolveram pesquisar e recuperar um pouco desta memória que envolveu aquele momento efervescente de produção audiovisual na Paraíba. A ideia foi “tornar público” (no sentido de dar ao público o direito de ter acesso) filmes e registros que foram feitos no final da década de 1970 e ao longo de 1980 e que estavam depositados no acervo do NUDOC, na UFPB, além de arquivos particulares. Assim nasceu este projeto que se propôs a catalogar e digitalizar em torno de 100 filmes e registros (filmes sem nenhum tipo de edição) – nem todos chegaram a ser digitalizados devido ao estado físico do filme – em película, que, a partir de agora, estarão disponíveis em um website para serem assistidos e visualizados por qualquer interessado, sejam especialistas ou leigos.
A filmografia pesquisada, com 92 títulos, é em sua maioria constituída de produções na bitola Super-8, que estavam distante dos circuitos exibidores, mesmo os mais alternativos. O mesmo acontecia com os poucos títulos produzidos em 16 mm. Quase todos os filmes Super-8 aqui destacados não possuíam cópias, sendo, portanto, matrizes únicas. A sua projeção convencional, no caso de algum dano, poderia comprometer a integridade autoral dos filmes. Dessa forma, fazia-se necessário transpor os filmes para o formato digital, possibilitando a sua exibição e preservando as matrizes.
A parceria com o fotógrafo Roberto Buzzini foi fundamental para a materialização de um dos objetivos do Cinema Paraibano: Memória e Preservação.Buzzini foi o responsável pela telecinagem dos filmes coletados ao longo da pesquisa empreendida e em entrevista, ele deixa nesta publicação seu depoimento sobre a relação que estabeleceu com a película e com o nosso projeto.
Indo além dos limites da filmografia aqui levantada e detalhada em sinopses e fichas técnicas no final do livro, os autores dos textos desta publicação trazem argutas reflexões sobre a produção cinematográfica paraibana e brasileira no formato alternativo do Super-8.
Abrindo o debate, a antropóloga Lara Amorim apresenta o Projeto Cinema Paraibano: Memória e Preservação refletindo sobre a pesquisa que embasa os diferentes momentos que vão da catalogação do acervo de filmes depositados no NUDOC, telecinagem, realização da mostra de filmes em João Pessoa e editoração deste livro à publicação final do conteúdo em um website. Neste sentido, relaciona os ciclos de produção do documentário paraibano com questões que envolvem a memória e a patrimonialização de acervos imagéticos. Enfatiza, sob uma perspectiva antropológica, a relação entre a produção audiovisual e questões de identidade e a possibilidade de se pensar o produto audiovisual como um “bem patrimonial” e um “dispositivo de memória coletiva”.
O texto inédito de Rubens Machado revela, em tom intimista, o desenvolvimento de um circuito de filmes e festivais no Brasil, em plena ditadura militar. Machado ressalta o caráter provocativo e renovador da produção superoitista e seu diálogo com as artes visuais, com a indústria cultural veiculada pela televisão e sua relação com a revolução comportamental deflagrada na década de 1960.
Integrante de uma geração de realizadores paraibanos surgida no final da década de 1970, Pedro Nunes ressalta o tema da sexualidade e da subversão da linguagem documental mais convencional em filmes do início da década de 1980. É dele também a entrevista inédita publicada no livro, com o cineasta e agitador cultural pernambucano Jomard Muniz de Britto, autor de uma vasta filmografia em Super-8, tendo atuado também na Paraíba como professor e realizador.
Bertrand Lira aponta a estruturação, na Paraíba, de um núcleo de produção fílmica baseado nos conceitos do Cinema Direto. Fruto de convênio entre a Universidade Federal da Paraíba e a francesa Associação Varan, esse núcleo possibilitou o desenvolvimento de uma geração de realizadores, em sua maioria ainda em atividade, caso do próprio Bertrand, autor de documentários e mais recentemente, de filme ficcional.
Em seu texto, João de Lima Gomes, também cineasta da geração surgida em fins da década de 1970, detalha os caminhos percorridos entre franceses e paraibanos para a implementação de atelier de Cinema Direto na Paraíba, que resultou na criação do NUDOC. A dupla condição de realizador e pesquisador não o impediu o trio de exercer a observação crítica de quem conhece profundamente os filmes e o período em estudo.
Fechando a reflexão que esta publicação propõe, Fernando Trevas Falcone destaca a importância da temática social na produção paraibana, desde a eclosão do ciclo de cinema documentário na Paraíba com o clássico Aruanda, passando pelos filmes realizados nas bitolas Super-8 e 16 mm nas décadas de 1970 e 1980 enfatizando questões ligadas à miséria urbana, lutas camponesas, trabalho, política cultural e meio ambiente.
Foi, portanto, fundamental para o nossa empreitada a estreita colaboração dos autores desta antologia, outra proposta do Cinema Paraibano: Memória e Preservação. Todos eles, desde o início, mostraram-se receptivos ao projeto, colaborando não apenas com a cessão de seus textos, mas também com sugestões e incentivos. A todos, nosso agradecimento.
Texto do site do projeto: http://cinepbmemoria.com.br/livro/

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Colóquio "Carlos Reichenbach, um homem apaixonado pelo cinema"


O primeiro dia do Colóquio Carlos Reichenbach, promoção da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e Panorama Internacional Coisa de Cinema, já está disponível na íntegra online
Parte I
Mediador
João Carlos Sampaio, crítico e membro da Abraccine
Convidados
Bertrand Duarte, ator e protagonista de Alma Corsária
Luiz Zanin Oricchio, crítico e presidente da Abraccine
Adolfo Gomes, crítico e membro da Abraccine
Parte I - http://vimeo.com/78723805
Parte II - http://vimeo.com/78753275
Parte III - http://vimeo.com/78854467
Rolou no IX Panorama Coisa de Cinema
31.10 > 07.11.2013
Salvador, Cachoeiras, Bahia, Brasil
coisadecinema.com.br/panorama

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Mostra Internacional do Filme Etnográfico – 20 anos

No Rio de Janeiro
Locais de exibição:
CCJF. Av Rio Branco 241, Centro. Rio de Janeiro
UERJ. Rua São Francisco Xavier, 524. Maracanã. Rio de Janeiro

Entrada franca

A Mostra Internacional do Filme Etnográfico é um festival de cinema valorizando os documentários de caráter etnográfico, com foco na diversidade das culturas, buscando mapear a produção clássica e recente brasileira e internacional. Foi pioneira no Brasil, tendo sua primeira edição em 1993, como parte das discussões que se propunham a repensar a Antropologia, seus conceitos e práticas onde as artes, a literatura, o cinema e a fotografia apareciam como novos recursos e grandes desafios. O diálogo entre a Antropologia e o Cinema estava posto e, desde então, com a Mostra, fomos estabelecendo muitas parcerias no Brasil e no exterior, realizando um evento de sucesso. Tendo realizado 15 edições, estamos comemorando 20 anos de existência em 2013. Este é o motivo da realização desse evento festivo.
A Mostra ecoou para outras paragens, aqui e no exterior e inspirou a criação de festivais em Belo Horizonte - Fórum.doc - em Manaus, em Recife, tendo como foco o filme etnográfico, sua tradição e sua prática. Dialoga com vários festivais internacionais, dentre eles o Margaret Mead Film and Vídeo Festival, em Nova York, o Festival Jean Rouch, em Paris, o Festival Etnográfico de Nuoro, Sardenha, o Festival de Gottingham, na Alemanha, o Festival do Royal Anthropological Institute, na Inglaterra, o Festival Etnográfico de Delhi, na Índia.
Temos nos destacado como uma janela para o documentário, exibindo produções etnográficas de muitas regiões do Brasil e do exterior. Dentre muitos convidados ilustres que recebemos nesses 20 anos, é orgulho destacar o grande antropólogo-cineasta, Jean Rouch.
Nosso encontro agora visa festejar 20 anos de existência. Organizamos uma sessão de abertura com o documentário O Mestre e o Divino, de Tiago Campos, ganhador do Prêmio de Melhor Documentário de Longa Metragem do Festival de Brasília de 2013. Assim também festejamos o projeto Vídeo nas Aldeias, que nos acompanha desde nossa primeira edição.
Duas mesas redondas, como parte do Fórum de Cinema e Antropologia, tradicional atividade da Mostra, vêm fazer um balanço desses 20 anos. A primeira trata da Mostra como um espaço de formação para muitos realizadores que hoje despontam com a potência de seus trabalhos. A segunda mesa pretende discutir a trajetória do filme etnográfico nesse período, suas perspectivas e os novos desafios: narrativas, estratégias de linguagem, temas, meios de produção.
Filmes relacionados aos debates e discussões estarão sendo exibidos no Centro Cultural da Justiça Federal CJF em horário à tarde. Uma extensão do evento acontece na UERJ, no Auditório Cartola, com programação nos dias 16 e 17 de dezembro, a partir das 17.30, com projeção de filmes e debates.
Agradecemos a todos e às instituições que, nessa trajetória, nos acompanharam, a nossa equipe e aos que viabilizaram as diversas edições do evento e, em especial, essa edição comemorativa: Centro Cultural da Justiça Federal, ao DeCult/SR-3/UERJ, ao NAI/UERJ ao CBAE/UFRJ. Destacamos os cineastas e pesquisadores que, com seus filmes e suas reflexões, deram vida ao nosso festival.
Outros anos virão.
Patrícia Monte-Mór - curadora

FILMES DA PROGRAMAÇÃO

O Mestre e o Divino - Teaser
Diretor: Tiago Campos.
Brasil, 2013 83 min.
Dois cineastas retratam a vida na aldeia Xavante e na missão Sangradouro, Mato Grosso: Adalbert Heide, um excêntrico missionário alemão que, logo após o contato com os índios, em 1957, começa a filmar com sua câmera Super-8 e Divino Teserewahu, jovem cineasta Xavante, que produz filmes para a televisão e festivais de cinema desde os anos 90. Entre cumplicidade, competição, ironia e emoção, eles dão a vida a seus registros históricos, revelando bastidores bem peculiares da catequização indígena no Brasil.

Carioca era um Rio - Teaser
Diretor: Simplício Neto
Brasil, 2013 74 min.
Documentário sobre o rio que deu nome aos habitantes da cidade do Rio de Janeiro. Principal fonte de abastecimento de água por dois séculos, o Rio Carioca orientou o crescimento da capital da República, mas hoje é um grande canal de esgoto subterrâneo que deságua na Baía da Guanabara. A história desse rio é a história do desenvolvimento urbano no Brasil.

Depois rola o Mocotó - Trailer
Diretor: Débora Herszenhut
Brasil, 2009 52 min.
O espaço ocupado pela laje na dinâmica social das periferias cariocas é o ponto central desse documentário. Essa extensão da casa se mostra como protagonista em Depois Rola o Mocotó, observado como um espaço que se configura conforme sua utilização, podendo ser de lazer, trabalho, relaxamento e tensão.

A Batalha do Passinho - Trailer
Diretor: Emilio Domingos
Brasil 2012 72 min.
Estilo de dança que cresceu nas favelas do Rio de Janeiro, o passinho tornou-se uma nova forma de dançar o funk carioca. Quando o vídeo de Beiçola e seus amigos, “Passinho Foda” atingiu o número de 4 milhões de acessos no Youtube, a dança do passinho começou a ser reproduzido nos bailes das comunidades. O documentário mostra a vida dos dançarinos e as proporções que o fenômeno atingiu para além dos bailes, favelas e DJs. 

Coutinho.doc. Apto 608. 
Diretora: Elizabeth Formaggini
Brasil, 2009 51 min.
O público acompanha o processo de criação do cineasta Eduardo Coutinho no documentário que revela desde a fase da pesquisa até o fim das filmagens de "Edifício Master".

Jean Rouch, subvertendo fronteiras
Diretores: Edgar Teodoro da Cunha, Paula Morgado, Renato Sztutmann e Ana Lucia Ferraz.
Brasil, 2000 41 min.
O documentário Subvertendo Fronteiras nasceu quando Jean Rouch visitou o Brasil, a convite da Mostra em agosto de 1996. Participantes do grupo de antropologia visual de São Paulo realizaram uma ampla entrevista que, dois anos mais tarde, serviria de base para este documentário. O filme é um panorama da obra e do pensamento de Jean Rouch e conta, ainda, com trechos de seus filmes e depoimentos de antropólogos e cineastas brasileiros.

Conversa com Gilberto Velho
Diretora: Patrícia Monte-Mór
Brasil, 2012 24 min.
Em seu gabinete de trabalho no Museu Nacional da UFRJ, o antropólogo Gilberto Velho faz um balanço de seu percurso intelectual e fala da contribuição de colegas e alunos para a constituição e o desenvolvimento da Antropologia Urbana no Brasil, bem como de novos campos de produção de conhecimento, como o da Antropologia Visual. Baseado em registros realizados no ano de 2003.

A língua do Peixe
Diretores: Awayunync Kamayura, Samurai Kamayura, Tawana Kalapalo.
Brasil, 2013 11 min.
Taũgi e Yay tentam pescar juntos nos buritizais alagados do Alto Xingu. No meio das trapalhadas desses dois personagens, de etnias diferentes, é possível perceber vários traços da sociedade multilíngue alto-xinguana. Curta de ficção realizado em oficinas de audiovisual ministradas no Xingu em 2012-2013.

Segredo
Diretores: Aiukuri Kuikuro, Amini Kuikuro, Kaiautá Kalapalo, Monai Kuikuro, Tuguhi Kuikuro.
Brasil, 2012 13 min.
"Ankigü" é um presente dado em segredo. É como os namorados selam sua cumplicidade à distância dos olhares da família. E, para isso, não há nada mais valioso que o colar de caramujo cuja duração, dizem os Kuikuro, é maior que a da própria vida. Um olhar sobre o cotidiano dos Kuikuro. Curta documentário realizado em oficinas de audiovisual ministradas no Xingu em 2012-2013.


PROGRAMAÇÃO NO CENTRO CULTURAL DA JUSTIÇA FEDERAL
Sessão de abertura
Dia 11 de dezembro às 18.30 horas. Sessão para convidados.
O Mestre e o Divino, de Tiago Campos. 83 min.
Apresentação de Vincent Carelli (diretor do Vídeo nas Aldeias), Ernesto de Carvalho (fotógrafo do filme) e Divino Tserewahu (personagem).

Fórum de Cinema e Antropologia
Mesa redonda
Dia 12 de dezembro às 18.30 horas. Aberta ao público. Senha 1 hora antes. Sujeito a lotação da sala.
A Mostra com o papel de formação
Simplício Neto (cineasta, Professor cinema UFF)
Débora Herszenhut – (mestranda em antropologia/IFCS-UFRJ, documentarista)
Eliska Altmann – Socióloga e pesquisadora de cinema (UFRRJ)
Emílio Domingos – (cineasta e cientista social)
Divino Tserewahu, cineasta. 
Coordenação: José Inacio Parente.

Filmes serão exibidos a partir das 14.30hs.
Carioca era um Rio, de Simplício Neto
Depois rola o mocotó, de Débora Herszenhut
A Batalha do Passinho, de Emílio Domingos

Mesa redonda
Dia 13 de dezembro, 18 horas. Aberta ao público. Senha 1 hora antes. Sujeito a lotação da sala.
20 anos de Mostra
Balanço: Caminhos da Antropologia Visual, novas perspectivas e desafios

Debatedores:
Carlos Alberto de Mattos (critico de cinema), Marc Piault (antropólogo visual, EHESS, diretor Festival Jean Rouch/Paris), Edgar Teodoro da Cunha (antropólogo visual/LISA/USP), Ruben Caixeta de Queiroz (diretor Fórum.doc/UFMG/BH), Silvio Da-Rin (cineasta). Coordenação: Patrícia Monte-Mór (antropóloga).

Filmes:
Coutinho.doc: apto 608, de Beth Formaggini, 51 min. Jean Rouch, subvertendo fronteiras, de Edgar Teodoro da Cunha, Ana Lucia Ferraz, Paula Morgado, Renato Sztutman, 41 min. A língua do Peixe, Awayunync Kamayura, Samurai Kamayura, Tawana Kalapalo. Ficção 11 min. Segredo, de Aiukuri Kuikuro, Amini Kuikuro, Kaiautá Kalapalo, Monai Kuikuro, Tuguhi Kuikuro, 13 min.
Filmes serão exibidos a partir das 15.00.hs

PROGRAMAÇÃO NA UERJ
O Mestre e o Divino, de Tiago Campos, 83 min.
Debate com Patrícia Monte-Mór (NAI-UERJ/VNA) e com o antropólogo José Bessa (FACED-UERJ/VNA)
Dia 16 dezembro às 18hs.
Conversa com Gilberto Velho, de Patrícia Monte-Mór, 24 min.
Depois rola o Mocotó, de Débora Herszenhut, 52 min.
A Batalha do Passinho, de Emilio Domingos, 72 min. Debate com os realizadores.
Dia 17 de dezembro às 17:30hs.

REALIZAÇÃO
Interior Produções
Coordenação e organização: Patrícia Monte-Mór e José Inácio Parente
Equipe de colaboradores em 2013:
Eliska Altmann (UFRRJ), Emilio Domingos (cineasta), Fabiene Gama (Pesquisadora NAI/UERJ), Débora Herszenhut (IFCS/UFRJ- NAI/UERJ), Isis Martins (PPGAS/Museu Nacional/UFRJ, NAI/UERJ), Midian Veloso (CTE/UERJ e NAI/UERJ), João Gustavo Monteiro de Barros (NAI- PPCIS/UERJ), Lourenço Parente (fotografia), Pedro Thomé (vinheta) Flavia Murillo (projeção) Monica Loureiro (assessoria de imprensa), Fátima José (secretaria). Monitores: Maria Clara Nemer e Alexandre Geremias (NAI-UERJ).

Contato:
Interior Produções
Tel 5521-22394691  email: pro.interior@terra.com.br
Logos: apoio institucional - CCJF, parceria: CECULT-SR3/UERJ, NAI/UERJ, Apoio: CBAE-UFRJ

Realização: Interior Produções