Defesa de tese em Antropologia do Cinema
Título da tese: Uma interpretação do cinema brasileiro através de Grande Otelo: raça, corpo e gênero em sua performance cinematográfica (1917-1993)
Candidato: Luis Felipe Kojima Hirano
Dia: 02 de agosto de 2013
Hora: 14hs.
Banca: Lilia Moritz Schwarcz, Nicolau Sevcenko, Marcelo Ridenti, Esther Hamburger e Laura Moutinho.
Local: Prédio da Administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
Rua do Lago, 717, sala 118 CEP: 05508-080 - Cidade Universitária São Paulo. O prédio fica atrás da faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU).
Esta tese pretende analisar a trajetória de mais de 70 anos de Sebastião Bernardes de Souza Prata, Grande Otelo. Por um ângulo, ela contribui para pensar diferentes momentos do cinema brasileiro, tendo em vista que o ator foi parte integrante do imaginário cinematográfico nacional dos anos 1930 aos 1990, em filmes da Cinédia e Sonofilmes, em It’s all true – projeto inacabado de Orson Welles no Brasil –, em produções do realismo carioca, nas chanchadas da Atlântida, no Cinema Novo e no Cinema Marginal. Por outro ângulo, observar essa trajetória permite refletir sobre o modo como as relações raciais, suas intersecções com a questão de gênero e o próprio corpo dos artistas, negros ou brancos, são reinterpretados conforme a lógica do campo cinematográfico. O fio condutor da análise é uma equação complexa entre linhas de força que extrapolam esta lógica e mecanismos próprios ao cinema, usados para hierarquizar, diferenciar e desigualar intérpretes e escolas. Para empreendê-la, lança-se mão de conceitos, como “estrutura de sentimentos da branquitude”, estereótipos raciais e persona, e do exame interno dos filmes – o que abre caminho para desvelar discursos cinematográficos racistas e estratégias antirracistas.

Palavras-chave: Grande Otelo, cinema brasileiro, relações raciais, gênero e corpo
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