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terça-feira, 7 de maio de 2013

Mato Eles? Sérgio Bianchi, 1982



Quem Matou Ângelo Cretã? E os Xetás, no Paraná...
A História se repete Hoje:
terça-feira, 7 de maio de 2013

O governo perdeu o juízo

Carta dos Povos Indígenas

Nós lemos a nota da Secretaria Geral da Presidência da República.
O governo perdeu o juízo. Gilberto Carvalho está mentindo. O governo está completamente desesperado. Não sabe o que fazer com a gente.
Os bandidos, os violadores, os manipuladores, os insinceros e desonestos são vocês. E ainda assim, nós permanecemos calmos e pacíficos. Vocês não.
Vocês proibiram jornalistas e advogados de entrar no canteiro, e até deputados do seu próprio partido.
Vocês mandaram a Força Nacional dizer que o governo não irá dialogar com a gente. Mandaram gente pedindo listas de pedidos. Vocês militarizaram a área da ocupação, revistam as pessoas que passam e vem, a nossa comida, tiram fotos, intimidam e dão ordens.
Entendemos que é mais fácil nos chamar de bandidos, nos tratar como bandidos. Assim o discurso do Gilberto Carvalho pode fazer algum sentido.
Mas nós não somos bandidos e vocês vão ter que lidar com isso.
Nossas reivindicações são baseadas em direitos constitucionais. Na Constituição Federal, nas legislações internacionais. E temos o apoio da sociedade e até dos trabalhadores que trabalham para vocês.
O governo está ficando mais violento. Nas palavras na imprensa, e também aqui no canteiro com seu exército.
É o governo que não quer cooperar com a lei. E faz manobra para tentar desqualificar nossa luta, inventando histórias para a imprensa.
Hoje fazem seis meses que vocês assassinaram Adenilson Munduruku. Nós sabemos bem como vocês agem quando querem alguma coisa.
A má-fé é do Gilberto Carvalho e apesar de tudo, nós queremos que ele venha no canteiro dialogar conosco. Estamos esperando por você, Gilberto. Pare de mandar policiais com armas na mão para entregar propostas vazias. Pare de tentar nos humilhar na imprensa.
Nós estamos em seu canteiro e não iremos sair enquanto vocês não saírem das nossas aldeias.
Belo Monte, Canteiro de obras, Vitória do Xingu, 7 de maio de 2013



Relatório de mais de sete mil páginas que relatam massacres e torturas de índios no interior do País, dado como queimado num incêndio, é encontrado intacto 45 anos depois.
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2 comentários:

  1. Uma queda de braço desigual e criminosa!

    A Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul – ARPINSUL vem a público manifestar sua indignação e repúdio pela decisão da Ministra Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em suspender as demarcações de terras indígenas no Estado do Paraná.

    O pedido da Ministra Chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann, para suspender a demarcação de terras indígenas no Estado do Paraná, que sempre primou pelo diálogo com os Povos Indígenas, coloca um marco negativo nas relações respeitosas que o Paraná exemplarmente desenvolveu com os Povos Indígenas, o que retrata a arrogância do cargo que Gleisi ocupa na cúpula do governo.

    A causa da lamentável decisão foi a sua suposta candidatura ao governo do Paraná, onde ela quer ser eleita governadora no próximo ano. As vaias que a Presidente Dilma recebeu quando em visita nos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, por movimentos organizados pelo agronegócio que disputa a posse das terras tradicionalmente ocupadas com os Povos Indígenas transmitiu certo peso nas suas intensões políticas. E para ser eleita, tem que fazer as vontades dos fazendeiros que com certeza vão financiar seus gastos de campanha.

    Outra condição absurda é submeter a EMBRAPA uma empresa de pesquisa do governo, a avaliação dos processos demarcatórios das terras indígenas. Isto é no mínimo um ato nefasto, na medida em que coloca por terra o trabalho sério de técnicos do próprio governo, para desavergonhadamente privilegiar o agronegócio! A EMBRAPA é tão somente uma empresa de pesquisa e que agora passa a ter o papel de avaliar, a fins inconfessáveis, os estudos em andamento realizados pela FUNAI, desmerecendo e publicamente desmoralizando um órgão do próprio governo, que chegou ao desgaste que hoje se encontra por desmandos e irresponsabilidades do próprio executivo, que gradativamente provocou tal desgaste.

    A falha não é da FUNAI, a falha se deve ao conjunto de decisões equivocadas que o Estado Brasileiro tem tomado em relação aos Povos Indígenas, que agora são colocados publicamente como os inimigos do governo e do agronegócio e consequentemente do desenvolvimento. É muito mais fácil encontrar um culpado para os seus sucessivos erros, do que encontrar uma saída negociada e civilizada para a questão indígena, que merece o respeito e a consideração das instituições do Estado.

    Mais uma vez os direitos indígenas sofrem um duro golpe daquele que deveria defendê-lo, o Estado Brasileiro, no entanto o agronegócio é o merecedor das recompensas, da solidariedade e da proteção do Estado Brasileiro em detrimento de direitos humanos e fundamentais conquistados a nível nacional e na arena internacional a duras lutas pelos Povos Indígenas, direitos estes jogados no lixo da história pelos colonizadores e pelo Estado, que agora cala a nossa voz em nome do desenvolvimento.

    Enquanto o Estado Brasileiro não tratar a questão indígena com o respeito que merece, os conflitos serão constantes e a violação de direitos humanos se intensificará ainda mais, porque não nos calaremos e seremos implacáveis na luta pelos direitos que custaram o sangue dos nossos antepassados!

    NUNCA MAIS UM BRASIL SEM OS POVOS INDÍGENAS!

    ARPINSUL

    08 de maio de 2013

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  2. Toda a população que nasceu da década de sessenta em diante desconhece este verdadeiro genocídio. Assinem a petição para que o governo disponibilize este relatório para todos os cidadãos brasileiros: https://secure.avaaz.org/po/petition/Publiquem_o_Relatorio_Figueiredo/?cLYEZbb

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