A História também vai ao Cinema
Dentro do XXVII Simpósio Nacional
de História, Conhecimento histórico e diálogo social, que ocorrerá em
Natal, RN, entre os dias 22 e 26 de julho de 2013, teremos dois Simpósios tematizando o Cinema. Um será "História, Cinema e Televisão:
dimensões históricas do audiovisual' (n. 85) e o outro "História e Imagens em Movimento", propõe a reflexão sobre a relação entre História e o audiovisual, buscando compreender a inserção social e os significados sociais, culturais e políticos das práticas relacionadas à produção, circulação e recepção de imagens em movimento.
Convidamos @s colegas para
que conheçam e divulguem as propostas As
inscrições de trabalhos para os simpósios temáticos ocorrerá entre
de 01/01/2013 a 31/03/2013. Maiores informações podem ser obtidas em http://www.snh2013.anpuh. org/#
Abraços e venham participar!
085. História, Cinema e Televisão: dimensões históricas do audiovisual |
Coordenadores: EDUARDO VICTORIO MORETTIN (Pós-doutor(a) - Universidade de São Paulo), MÔNICA ALMEIDA KORNIS (Doutor(a) - CPDOC/FGV) Ementa
O
objetivo do Seminário Temático é o de examinar o lugar ocupado hoje
pelos meios audiovisuais (cinema e televisão) dentro da pesquisa
histórica a partir, principalmente, de um eixo: a maneira pela qual a
experiência do real é trabalhada na narrativa fílmica e televisiva. Este
tema pode ter outros desdobramentos, como o estatuto do audiovisual
como documento; o papel desempenhado por estes meios na construção de
uma memória histórica; as diversas formas de representação do passado
por eles empreendida; e as interfaces com outros campos da ciências
humanas e das artes. Valoriza-se a discussão que toma as imagens como
ponto de partida para a análise, método que evita o filme como
ilustração de um saber histórico pré-definido.
No
que diz respeito ao eixo temático, cabem algumas considerações. A
questão do "real" como matéria da narrativa ficcional e do documentário
envolve diretamente o exame das relações entre história e
cinema/televisão. Em que pese sua definição sempre precária, o real está
na esfera do vivido, do efetivamente acontecido como processo social e
histórico verificável, através de "indícios" documentais, vestígios
materiais e relatos de memória. Se é plausível afirmar que todo filme
manipula os dados de sua história, no sentido narrativo do termo, o
documentário e a ficção tangenciam o real a partir de uma lógica
invertida. O primeiro, mesmo quando quer minimizar as mediações com o
real filmado, não escapa às regras de exposição que constituem sua
especificidade fílmica, como a entrevista, a locução, o filmar fora do
estúdio, etc. O segundo, por sua vez, não deixa de friccionar os eventos
e as estruturas da realidade no qual se insere ou representa. Assim,
mais do que discutir a singularidade do documentário ou da ficção como
formas audiovisuais mais ou menos próximas do real, nos propomos a
analisar as tensões advindas desta relação na construção das narrativas
fílmicas e televisivas, que nos remetem a uma série de questões pontuais
que demarcam esta relação: o uso de imagens de arquivo; a ficção
histórica naturalizada; o lugar do evento na representação fílmica; a
ilusão da objetividade no documentário e o efeito de verdade na ficção,
dentre outras abordagens possíveis diante do universo de autores,
produtos audiovisuais e temas.
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