Em São Paulo!
Neste domingo, 9 de março, a Biblioteca
Terra Livre irá exibir o documentário “Indomáveis, uma história de
Mulheres Livres” no Centro de Cultura Social de São Paulo. Esta exibição
faz parte das atividades realizadas pelo Cineclube Terra Livre, que a
pós 2 anos de existência e 4 mostras bem sucedidas, mudará sua forma sem, entretanto, perder sua essência.
Antonia Fontanillas
As Mujeres Libres… aquilo foi, para mim, uma coisa, uma experiência que só foi possível por causa da Revolução, por causa do movimento. Acredito que se não tivesse ocorrido isto, não teria existido uma organização assim, de mulheres libertárias, com esse nome.
Em 2013 não realizaremos as mostras
semestrais com exibições mensais de filmes. Decidimos propor somente
exibições pontuais e temáticas, conectadas a algum fato, data ou
personagem do anarquismo mundial, como já fizemos algumas vezes no
passado.
Isso não significa o fim das mostras, mas
sim uma avaliação de que seria importante buscarmos um espaço onde
possamos hospedar o Cineclube Terra Livre, conectado diretamente ao
cineclubismo e que possibilite atrair e conviver com amantes do cinema, e
interessados pelas questões sociais e/ou pela estética/arte que os
anarquistas propõem.
Concha Liaño
Nós não estávamos de acordo com que as mulheres haviam se deixado submeter, porque não éramos contra os homens, o que queríamos era que os homens compreendessem que éramos seres humanos iguais a eles.
É neste contexto que o documentário sobre
as Mulheres Livres será exibido. O filme aborda a história do que foi
esse agrupamento de mulheres tão importante durante e depois da
Revolução Espanhola de 1936, mostrando inclusive quais eram seus
projetos, como viam a questão da relação mulher e homem, e muitas outras
questões vinculando o passado e o presente.
Convidamos, então, a todas as pessoas
prestigiarem a história desse grupo de mulheres anarquistas no CCS, Rua
General Jardim, 253 – Sala 22, Próximo Metrô República – São Paulo. SÁBADO, dia 09/03, 18 horas. A entrada é gratuita.
Nós realizamos a utopia; ela é possível e ninguém poderá nos contradizer.
* Para aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre as mulheres livres leia a dissertação de mestrado de Maria Clara Pivato Biajoli, “Narrar Utopias Vividas. Memória e Construção de Si nas Mujeres Libres da Espanha”, disponível aqui.
Postado originalmente em: http://bibliotecaterralivre.noblogs.org/
[Indomáveis é a última produção de ZerikusiA. Com este trabalho tenta trazer à tona outra parte da nossa história, a que conta a experiência de Mulheres Livres.]
Comunicado:
Mulheres Livres foi uma organização autônoma, fora das estruturas de qualquer órgão do movimento libertário. Sem abandonar suas raízes anarquistas praticaram um feminismo obreiro. Tinham como objetivo preparar as mulheres a participar pessoalmente na revolução libertária. Ou seja, queriam formar as mulheres, que sofriam altos índices de analfabetismo, e atraí-las para o movimento libertário.
Tiveram que lutar contra uma cultura católica profundamente enraizada e, o mais doloroso, contra a indiferença, quando não o desprezo, de seus companheiros e companheiras libertários. Apesar de ter alcançado mais de 20.000 afiliadas só na zona republicana, nunca foram aceitas como parte do Conselho Geral do Movimento Libertário. Com este documentário tentamos descobrir o que pensavam, qual era sua abordagem política e como desenvolveram o seu trabalho.
Para conseguir isso foram entrevistadas duas protagonistas diretas desta história, Conchita Liaño e Sara Berenguer. Ambas tinham parte ativa e na linha de frente nos dias de 36. Ambas com uma bagagem política e humana considerável.
Além disso, consultamos escritoras e historiadoras como Laura Vicente, que nos colocou na história. Também falamos com Martha Ackersberg, professora do Smith College, em Massachusetts e autora do livro "Mujeres Libres de España", que nos traz mais perto da situação política no início dos anos 30 e da riqueza humana de Mulheres Livres. Estivemos com um dos grupos que mantêm o legado daquelas mulheres: Dones Lliures Del Alacant, um grupo de mulheres da CGT que se denominam anarcofeminista. Contamos também com a presença poética e comprometida com o feminismo atual da escritora Llum Qiñonero.
Para tornar mais compreensível a mensagem de nossas protagonistas, recriamos cenas com atrizes, chegando a reproduzir um comício em um teatro. Também trazemos, de onde quer que esteja, o espírito de Lucia Sanchez Saornil, que nos ajuda a contar a história.
Para aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre as Mulheres Livres disponibilizamos também a dissertação de mestrado de Maria Clara Pivato Biajoli, “Narrar Utopias Vividas. Memória e Construção de Si nas Mujeres Libres da Espanha”, em
http://www.4shared.com/office/ wu0SMMB4/BIAJOLIMaria_Clara_ PivatoNarra.html.
Mais infos:
zerikusia@...
Trailer do documentário:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=3anTPGgvqs4
Comunicado:
Mulheres Livres foi uma organização autônoma, fora das estruturas de qualquer órgão do movimento libertário. Sem abandonar suas raízes anarquistas praticaram um feminismo obreiro. Tinham como objetivo preparar as mulheres a participar pessoalmente na revolução libertária. Ou seja, queriam formar as mulheres, que sofriam altos índices de analfabetismo, e atraí-las para o movimento libertário.
Tiveram que lutar contra uma cultura católica profundamente enraizada e, o mais doloroso, contra a indiferença, quando não o desprezo, de seus companheiros e companheiras libertários. Apesar de ter alcançado mais de 20.000 afiliadas só na zona republicana, nunca foram aceitas como parte do Conselho Geral do Movimento Libertário. Com este documentário tentamos descobrir o que pensavam, qual era sua abordagem política e como desenvolveram o seu trabalho.
Para conseguir isso foram entrevistadas duas protagonistas diretas desta história, Conchita Liaño e Sara Berenguer. Ambas tinham parte ativa e na linha de frente nos dias de 36. Ambas com uma bagagem política e humana considerável.
Além disso, consultamos escritoras e historiadoras como Laura Vicente, que nos colocou na história. Também falamos com Martha Ackersberg, professora do Smith College, em Massachusetts e autora do livro "Mujeres Libres de España", que nos traz mais perto da situação política no início dos anos 30 e da riqueza humana de Mulheres Livres. Estivemos com um dos grupos que mantêm o legado daquelas mulheres: Dones Lliures Del Alacant, um grupo de mulheres da CGT que se denominam anarcofeminista. Contamos também com a presença poética e comprometida com o feminismo atual da escritora Llum Qiñonero.
Para tornar mais compreensível a mensagem de nossas protagonistas, recriamos cenas com atrizes, chegando a reproduzir um comício em um teatro. Também trazemos, de onde quer que esteja, o espírito de Lucia Sanchez Saornil, que nos ajuda a contar a história.
Para aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre as Mulheres Livres disponibilizamos também a dissertação de mestrado de Maria Clara Pivato Biajoli, “Narrar Utopias Vividas. Memória e Construção de Si nas Mujeres Libres da Espanha”, em
http://www.4shared.com/office/
Mais infos:
zerikusia@...
Trailer do documentário:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=3anTPGgvqs4
No entardecer
O azul celeste
Manchado é pelo arranha-céu
Dalva Sanae Baba
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