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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Serras da Desordem, Andrea Tonacci (Brasil, 2006)

para o Bernardo em Jampa


No interior do Maranhão, no final da década de 70, uma tribo indígena é incendiada por um grupo de fazendeiros que se viram ameaçados pela sua presença. Os índios são dizimados restando apenas Carapirú, que estava distante no momento. Sem ter para onde ir, o homem caminha sem rumo durante anos. No caminho, encontra uma série de pessoas com quem trava uma amizade mesmo com o bloqueio do idioma, já que ele não fala o português. Depois de dez anos de caminhada, Carapirú é encontrado a 2000km de distância de sua tribo, pela FUNAI.

Levado para Brasília, o índio se torna uma celebridade, chamando atenção inclusive dos próprios membros do órgão, já que ele fala um dialeto desconhecido por estes, sendo impossível qualquer comunicação. Quando um funcionário também índio é contratado para tentar desvendar qual o dialeto de Carapirú, traduzindo o que ele diz, eles descobrem que na verdade são pai e filho. Com a comunicação estabelecida, o índio tenta retomar sua vida, mas encontra diversas dificuldades por não acompanhar as mudanças do mundo.

Serras da Desordem é um misto de ficção e documentário, dirigido pelo italiano radicado no Brasil, Andrea Tonacci. Todos os personagens do filme são interpretados pelos próprios em uma reconstituição do que foi a vida de Carapirú. O diretor ainda acrescenta entrevistas com alguns dos personagens. Apesar de estrear apenas em 2008, o filme foi considerado por críticos do prêmio Jairo Ferreira como o melhor filme brasileiro de 2006.



 Curtino o filme confira a CONVERSA COM O DIRETOR ANDREA TONACCI & O ANTROPÓLOGO EDUARDO VIVEIROS DE CASTRO SOBRE O FILME "SERRAS DA DESORDEM":

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2 comentários:

  1. Em sampa aproveitem: Último final de semana da mostra Andrea Tonacci (com exibição das obras-primas Serras da desordem e Conversas no Maranhão, além do mais recente filme do cineasta, Já visto jamais visto) e da Mostra Ecofalante de Cinema (com os clássicos A margem, de Ozualdo Candeias, a cópia restaurada de Um dia, o Nilo e Rio violento, de Elia Kazan) : www.cinemateca.gov.br/

    Sábado 28/03
    Sala Petrobras
    19h00 Já visto jamais visto
    20h00 Serras da desordem
    Sala BNDES
    18h00 Rio violento, de Elia Kazan
    20h00 A margem, de Ozualdo Candeias

    Domingo 29/03
    Sala BNDES
    16h00 Conversas no Maranhão, de Andrea Tonacci
    18h00 Um dia, o Nilo, de Youssef Chahine
    20h00 Amazonas, Amazonas, de Glauber Rocha | No Paiz das Amazonas, de Silvino Santos e Agesilau de Araújo

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  2. Que pena...Disse muito e teria muito a dizer...
    http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/12/1842230-diretor-do-cinema-marginal-andrea-tonacci-morre-em-sao-paulo.shtml?cmpid=compfb

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