Um levantamento feito pelo Grupo de Pesquisa História e Audiovisual: circularidades e formas de comunicação, do
CNPq, coordenado pelo professor Eduardo Morettin, do Departamento de
Cinema, Rádio e Televisão e realizado pelos bolsistas Mariana Rosell e
Rafael Dornellas, disponibiliza um Banco de Dados de teses e
dissertações que tematizam a relação entre o cinema brasileiro e o
regime militar (1964 – 1985).
Para acessá-lo, acesse o link : http://historiaeaudiovisual.weebly.com/brasil.html
Existem, hoje, várias possibilidades de pensar a relação entre Cinema e História, expressa pelo adensamento do campo a partir da
publicação, no Brasil e no exterior, de diferentes obras em que os
diálogos entre os filmes e o seu contexto são explorados por intermédio
de inúmeros caminhos .
Hoje são muitos os encontros científicos que
abrigam seminários temáticos dedicados ao campo, como os da Associação
Nacional de História (ANPUH), da Sociedade Brasileira de Estudos de
Cinema e Audiovisual (SOCINE) e da Associação Brasileira de
Pesquisadores de História da Mídia (Alcar). Há também reuniões
acadêmicas em que essa perspectiva constitui o foco central dos
trabalhos apresentados, como o Encontro Nacional de Estudos da Imagem,
promovido pela Universidade Estadual de Londrina e que se encontra
atualmente em sua quarta edição.
A pesquisa partiu de bancos de teses virtuais para a busca, e está
em constante processo de aprimoramento. Quando possível, há links para
os resumos ou para os conteúdos das teses e dissertações.Para acessá-lo, acesse o link : http://historiaeaudiovisual.weebly.com/brasil.html
http://antrocine.blogspot.com.br/2014/04/livrasso-definitivo-sobre-o-nosso.html
Colegas,
ResponderExcluirNós os convidamos para conhecer a proposta de seminário temático (ST) sobre cinema e história (ver título e ementa abaixo) que se realizará no XXVIII Simpósio Nacional de História. O evento, organizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), conjuntamente com a diretoria da ANPUH, acontecerá entre os 27 e 31 de julho, na cidade de Florianópolis.
As inscrições de trabalhos em ST já estão abertas e se encerram em 31 de março. Maiores informações emhttp://www.snh2015.anpuh.org/site/capa
Atenciosamente,
Eduardo Morettin
Mônica Kornis
089. Lugares do cinema e da televisão na história, lugares da história no cinema e na televisão
Coordenadores: EDUARDO VICTORIO MORETTIN (Pós-doutor(a) - Universidade de São Paulo), MÔNICA ALMEIDA KORNIS (Doutor(a) - CPDOC/FGV)
Resumo: O objetivo do Seminário Temático é o de examinar o lugar ocupado hoje pelos meios audiovisuais (cinema e televisão) dentro da pesquisa histórica a partir, principalmente, de um eixo: a maneira pela qual a experiência do real é trabalhada na narrativa fílmica e televisiva. Este tema pode ter outros desdobramentos, como o estatuto do audiovisual como documento; o papel desempenhado por estes meios na construção de uma memória histórica; as diversas formas de representação do passado por eles empreendida; e as interfaces com outros campos da ciências humanas e das artes. Valoriza-se a discussão que toma as imagens como ponto de partida para a análise, método que evita o filme como ilustração de um saber histórico pré-definido.
No que diz respeito ao eixo temático, cabem algumas considerações. A questão do "real" como matéria da narrativa ficcional e do documentário envolve diretamente o exame das relações entre história e cinema/televisão. Em que pese sua definição sempre precária, o real está na esfera do vivido, do efetivamente acontecido como processo social e histórico verificável, através de "indícios" documentais, vestígios materiais e relatos de memória. Se é plausível afirmar que todo filme manipula os dados de sua história, no sentido narrativo do termo, o documentário e a ficção tangenciam o real a partir de uma lógica invertida. O primeiro, mesmo quando quer minimizar as mediações com o real filmado, não escapa às regras de exposição que constituem sua especificidade fílmica, como a entrevista, a locução, o filmar fora do estúdio, etc. O segundo, por sua vez, não deixa de friccionar os eventos e as estruturas da realidade no qual se insere ou representa. Assim, mais do que discutir a singularidade do documentário ou da ficção como formas audiovisuais mais ou menos próximas do real, nos propomos a analisar as tensões advindas desta relação na construção das narrativas fílmicas e televisivas, que nos remetem a uma série de questões pontuais que demarcam esta relação: o uso de imagens de arquivo; a ficção histórica naturalizada; o lugar do evento na representação fílmica; a ilusão da objetividade no documentário e o efeito de verdade na ficção, dentre outras abordagens possíveis diante do universo de autores, produtos audiovisuais e temas.
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