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domingo, 18 de maio de 2025

Os árabes nos filmes

  

 

O ano é 1938 e o filme é “Everybody sing”, na cena os donos de uma companhia teatral analisam a performance de uma jovem que entra maquiada no estilo Blackface, que canta uma canção sulista americana de cunho racista enquanto seus gestos caricatos evocam traços quase simiescos e a presença de piolhos. A atriz era Judy Garland, a mesma do Mágico de Oz. Analisemos outra cena, o ano é 1959, na cena o ator Charlton Heston é acolhido por um domador de cavalos chamado Sheikh Ilderim, vivido pelo ator Hugh Griffith, que até onde se sabe, não possui ascendência árabe. O ator, portanto, tem seu rosto tingido para fazer o papel. Na cena há um momento em que os convidados comem e que o Sheikh pergunta a Ben-hur se a comida era do seu agrado, enquanto arrotava, em uma repetição estereotipada da “boa educação árabe”. O filme levou 11 estatuetas do Oscar, uma foi para Hugh Griffith. Em ambas as cenas se usou a mesma técnica, o uso de artistas brancos para passar imagens preconceituosas sobre outros grupos étnicos, mas por que apenas o da Judy parece nos enojar, embora justamente?

Segundo o autor Jack Shaheen, os árabes são o grupo de pessoas mais caluniado na filmografia de Hollywood, basicamente sendo retratados como subumanos. Segundo ele, essas imagens estereotipadas dos árabes e dos muçulmanos estão no inconsciente da população por mais de um século. Dos mais de 1000 filmes que ele analisou, 936 carregavam teor negativo. Essa calúnia é perpetrada em vários níveis, nas representações visuais, nas representações narrativas, assim como os desdobramentos inerentes à mesma, e, acima de tudo, nas histórias que Hollywood conta a respeito dos árabes. A autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie tem uma frase interessante a respeito do papel das histórias:

“É impossível falar sobre a história única sem falar sobre poder. Existe uma palavra em igbo na qual sempre penso quando considero as estruturas de poder no mundo: nkali. É um substantivo que, em tradução livre, quer dizer “ser maior do que outro”. Assim como o mundo econômico e político, as histórias também são definidas pelo princípio do nkali: como elas são contadas, quem as conta, quando são contadas e quantas são contadas depende muito de poder. O poder é a habilidade não apenas de contar a história de outra pessoa, mas de fazer que ela seja sua história definitiva. O poeta palestino Mourid Barghouti escreveu que, se você quiser espoliar um povo, a maneira mais simples é contar a história dele e começar com em ‘segundo lugar’.”


Nesse sentido, o lugar que os árabes foram ocupando nas narrativas ocidentais não pode ser entendido sem um olhar atento às idiossincrasias históricas que o compuseram. Shaheen, portanto, usa como primeiro ponto de partida a concepção orientalista do mundo árabe. Mas o que seria esse árabe? A primeira problemática é que se pensa árabe e muçulmano como a mesma coisa. O que não é verdade. Tampouco se pode unificar esses árabes dentro de um padrão linguístico, haja vista sua extensão territorial, desde o norte da África até o Irã, passando pelo árabe, persa, aramaico, hebraico, berbere etc. Então o que seria esse árabe? Shaheen entra, então, no conceito de Arabland, uma terra mística, exótica, cercada pelo deserto com seus escorpiões e cobras venenosas, cujos homens e mulheres jazem em um eterno conto de “As Mil e Uma Noites” mal traduzido.

De acordo com Edward Said, os estereótipos árabes no cinema hollywoodiano sempre foram semelhantes: o nariz bem adunco, o olhar malévolo e de soslaio sobre o bigode cheio nos rostos, associados com a libidinagem ou com uma desonestidade sanguinária. O homem árabe ou muçulmano sempre aparece como um degenerado excessivamente sexuado, capaz de intrigas tortuosas, sádicas, traiçoeiras e baixas. Alguns dos papeis tradicionais dos árabes no cinema são: traficantes de escravos, cameleiros, cambistas, patifes, vilões, terroristas, representantes de povos do deserto, bilionários do petróleo e sheikhs gananciosos, muitas vezes vestindo túnicas e turbantes, sempre armados, prontos para agir com violência. Já as mulheres são retratadas pelo cinema apenas de duas formas: sexualizadas ou oprimidas. Quando a mulher não aparece como uma exótica odalisca, uma escrava em um harém, conhecida por sua sensualidade, com roupas decotadas e a barriga de fora ou como uma dançarina do ventre de olhos delineados de preto e sexualmente disponível, ela aparece como uma mulher oprimida pela família, submissa, nas sombras de outros personagens, obrigada a esconder o corpo e os cabelos com uma burca, não tendo a chance de decidir sobre o seu destino.

A presença desses estereótipos não é invenção de Hollywood, ela já está presente, por exemplo, no Dom Quixote de Cervantes, no Zadig de Voltaire, nos romances de cavalaria medievais. O estereótipo, segundo os pesquisadores Sálua Omais e Manoel Antônio dos Santos da USP: “os estereótipos são formas das quais o indivíduo se utiliza para processar informações complexas de maneira mais simplificada, mas que nem sempre refletem a realidade. A partir disso, o aparato cognitivo processa e seleciona os elementos mais significativos e distintos presentes nas informações abstraídas e, como informações negativas são geralmente mais marcantes, será por meio delas que estes significados provavelmente serão construídos, fixados e estabilizados na mente”. O problema, no entanto, é que todo estereótipo é incompleto. Mas há outra coisa também a se levar em conta. Para Pierre Bourdieu, os espaços de significação também são espaços de disputas de poder. O mesmo argumento aparece em Stuart Hall quando diz que a representação não é “espelho” passivo da realidade, mas sim um processo ativo de produção de sentido: imagens fixas (como a do árabe barbudo) cristalizam identidades “outros”. Posto isso, todo projeto cultural que cristalize concepções racistas parte de um projeto político. E se o cinema é uma arte, ele também é uma indústria bilionária que tem suas finalidades propagandísticas.




Esse é o principal argumento de Shaheen. “[árabes] assassinos violentos, estupradores desprezíveis, fanáticos religiosos, idiotas ricos em petróleo, e agressores de mulheres. [...] A imagem violenta dos extremistas não apenas reforça e intensifica um estereótipo que já é proeminente, mas também serve tanto como fonte e justificativa para continuar batendo nos árabes. Em particular, os noticiários são utilizados como desculpa por alguns produtores e diretores para negar qualquer envolvimento com a estereotipação voluntária. ‘Nós não estamos estereotipando’, eles argumentam. ‘Apenas olhe para a sua televisão. Aqueles são árabes reais.’”




Mas, como diria Augusto Boal, “A imagem do real é real enquanto imagem”. Se o cenário do Orientalismo serviu a uma narrativa do Imperialismo ocidental do final do século XIX, que reduziu o legado dos povos colonizados a bárbaros incultos, seguidores de uma religião mística, a presente representação foi tomando sua atual forma a partir dos conflitos da década 1950 principalmente a partir dos seguintes fatores: O conflito israelo-palestino, a Crise do petróleo de 1974 e a Revolução Iraniana (que não são árabes, mas persas) de 1979. A partir desses fatores a imagem dos árabes, já pré-identificados como muçulmanos, embora exista uma população de 15 milhões de cristãos na região, passam a ser vistos não apenas como bandoleiros, ou gatunos em sua própria região, mas uma ameaça global. O caminho mental segue o seguinte esquema narrativo: árabes, logo muçulmanos, logo terroristas, logo odeiam a América, que é o contrário de tudo isso. De acordo com Shaheen, a imagem popular dos judeus na propaganda nazista se assemelha à imagem popular dos árabes em alguns dos mais queridos filmes de Hollywood, a única diferença é que o árabe geralmente usa uma túnica e um turbante”. Filmes como Comando Delta (1986), Momento Crítico (1996), Nova York sitiada (1998) - nesse filme o ritual da ablução é relatado como uma preparação a um ataque terrorista - recorrem aos mesmos recursos já citados, sotaque forte, ódio gratuito, barba, além das técnicas de luz e sombra para salientar a soberba ou mesmo a agressividade. Mesmo em Aladdin, obra tida como clássica na Disney, o personagem não deixa de ser o gatuno e malandro que tenta se dar bem, enquanto Jasmine é mostrada curvilínea e sensualizada. 




Com o 11 de setembro e a Guerra ao terror, as perseguições e a estereotipia ganharam novos contornos. Em Munique (2005) Steven Spielberg dramatiza a resposta secreta do serviço de inteligência israelense aos atentados contra atletas israelenses nos Jogos de Munique de 1972. O enredo acompanha agentes do Mossad – todas figuras heroicas na ótica do filme – em missões de vingança contra suspeitos palestinos. O filme reforça a desumanização do outro pelo arquétipo e pela necessidade de eliminação sumária. Padrão que se repete, os palestinos sempre são retratados como criminosos que estão ávidos por destruir o Pequeno Israel. Não há por parte dos estúdios a necessidade questionar a ocupação israelense, a tomada de terras e o apartheid a que essas populações são submetidas. Um exemplo claro disso ocorreu no presente ano de 2025, quando o documentário “No other land” que mostra a truculência da ocupação israelense em territórios palestinos, pouquíssimas salas de cinema dos EUA quiseram exibi-lo. E quando um de seus diretores, Hamdan Ballal foi agredido por colonos judeus e sequestrado pelas Forças de Defesa de Israel, a academia recusou-se a emitir um comunicado de repúdio. A atitude gerou críticas de diversos artistas, o que fez com que a mesma organização emitisse uma nota em tom ameno, quase conciliatório.

Embora tenhamos indicativos de filmes que humanizam a questão do Oriente médio, como Babel (2005), de Iñarratu, a questão estereotípica ainda é um desafio. O racismo recreativo nos filmes de Hollywood legitima representações depreciativas de pessoas árabes e muçulmanas, o que são formas de micro agressões, mecanismos discriminatórios que expressam condescendência ou desprezo por esse grupo, operando também como forma de defesa da pureza moral dos estadunidenses brancos - e dos grupos sionistas. Voltemos ao ponto inicial, nenhuma forma de racismo é aceitável, se a Shoah - o Holocausto nazista - nos enoja enquanto humanos, se a escravidão atlântica é uma vergonha que temos que encarar para que nunca se repita, se o massacre de Nanquim pelas tropas japonesas revira o estômago, assim como o 11 de setembro, genocídio armênio, POR QUE GAZA NÃO? A resposta infelizmente está diante dos nossos olhos todos os dias, fomos ensinados a odiar, nos divertimos em odiar, e quando as pessoas morrem, mesmo crianças, não ligamos. Não foi um palestino que há 2000 anos comparou o ódio ao assassinato? Os judeus o chamam de Yeshua, os árabes de Isa, mas você pode chamá-lo de Jesus, se quiser.




Referências Bibliográficas

- MORETTI, Isabella Pitol. De Hollywood ao Oriente Médio: a perpetuação de estereótipos negativos aos povos árabes pelo cinema estadunidense versus a necessária proteção corporativa aos direitos humanos. 2023.
- DALLA COSTA, Matheus Roberto Vargas. True lies: mentiras verdadeiras e a representação do personagem árabe no cinema de Hollywood nos anos 90. 2014.
- BETHENCOURT, Francisco. Racismos: das cruzadas ao século XX. Editora Companhia das Letras, 2018.
- ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. Companhia das Letras, 2019.
- OMAIS, Sálua; DOS SANTOS, Manoel Antônio. O protagonismo da mídia na construção de estereótipos sobre árabes e muçulmanos e as repercussões psicossociais da retórica islamofóbica. REVER: Revista de Estudos da Religião, v. 24, n. 3, p. 321-337, 2024.
- HALL, Stuart. Identidade cultural e diáspora. Comunicação & Cultura, n. 1, p. 21-35, 2006.
- SHAHEEN, Jack G. (2012). Reel Bad Arabs: How Hollywood Vilifies a People (Revised and updated ed.). New York: Olive Branch Press, Interlink Publishing Group.
- SAYFO, Omar. Hollywood (mis) Representations of Arabs and the Middle East from a Production Perspective–the case of FX Channel’s Tyrant. Series-International Journal of TV Serial Narratives, v. 6, n. 1, p. 43-55, 2020.
- ISLAMIC HORIZONS. Cartoons, comedies, and cinema.
- HAMILL-STEWART, Christopher. Hollywood has a problem portraying Arabs — and a veteran actor aims to fix it. Arab News, 3 set. 2021.
- KITCHLEW, Iffah Abid. Hollywood’s Relentless Discriminatory Depictions of Arab Characters. NUQ Views, 2021.
- BEYDOUN, Khaled A.; AYOUB, Abed. Hollywood shoots Arabs: The movie. Al Jazeera, 25 jan. 2015.

 

 postado inicialmente em: https://www.facebook.com/100062782579765/posts/1229224525846955/?rdid=gbrwiJkcV2MWU089

 

sábado, 22 de julho de 2023

Cine Ameríndio

Salve, todes!


Com a esperança de que algo nos trouxesse um pouco de alegria neste inverno que principia, gravamos o deBATE-PAPO com o prof. Dr. Juliano Gonçalves da Silva a respeito de filmes brasileiros e internacionais, é claro, com temáticas indígenas...

 Assistam, compartilhem!

É alegria, é vida, é poesia, é cinema!

É indigenismo!

Gratidão. 


Artigos relacionados: 

http://www.antrocine.blogspot.pt/2014/04/abril-indigena-traz-nove-estreias-sobre.html

http://antrocine.blogspot.com.br/2014/01/avaete-semente-da-vinganca-zelito.html


























 

terça-feira, 8 de junho de 2021

Apesar de você... O que melhor se produziu sobre Cinema no Brasil ano passado!

 

Amigues/Friends -) Destaco aqui, entre a nata do Cinema Brasileiro de 2020: 
 
 
 
O Índio no Cinema Brasileiro e o Espelho Recente
de Juliano Gonçalves da Silva.
 
A representação de personagens indígenas no cinema de ficção brasileiro é apresentada neste levantamento histórico que começa em 1911, ano em que é identificada a primeira representação indígena em narrativa ficcional, e avança até os anos 2000.
 
Lançado através de financiamento Coletivo pela Editora Monstro dos Mares. 

Disponível para download gratuito: click Aqui





 

Cinema brasileiro em seis livros lançados em 2020

1980
visualizações

Ainda que afetado pelo contexto da pandemia da Covid 19, o mercado editorial reservou boas surpresas para 2020 com o lançamento de quatro premiados roteiros e de trabalhos que contribuem para a historiografia do audiovisual no país. Numa retrospectiva literária-cinematográfica, trazemos os principais lançamentos do ano que se debruçam sobre produções audiovisuais brasileiras e seu contexto de realização. 

O intuito não é tecer comentários sobre as publicações, e sim apresentá-las ao público. São seis livros, organizados por ordem de lançamento, que fazem do cinema brasileiro seu objeto de análise e reflexão social ou formal. O Assiste Brasil é afiliado da Amazon. Comprando os livros através dos links desta matéria, você contribui financeiramente, sem custo adicional, com a manutenção de nosso site.

Antologia da crítica pernambucana: discursos sobre cinema na imprensa (1924 – 1948), organizado por André Dib e Gabi Saegesser

Levantamento de críticas, crônicas, ensaios, entrevistas e outros registros sobre cinema publicados na imprensa pernambucana ou escritos por autores pernambucanos. Os textos antes dispersos em jornais e revistas são organizados nesta antologia que valoriza o patrimônio intelectual e contribuiu com a construção do imaginário sobre o cinema em Pernambuco na primeira metade do século XX.

CEPE Editora, 392 páginas, R$ 45/R$ 13, na Amazon.

A História da Eternidade: roteiro original do filme, de Camilo Cavalcante

Com mais de 20 prêmios em festivais no Brasil e exterior, o roteiro do longa-metragem de estreia de Camilo Cavalcante foi publicado em livro. Três histórias de amor e desejo acontecem em um vilarejo no Sertão e transformam as relações afetivas de seus moradores. 

Cepe Editora, 216 páginas, R$ 30/R$ 9, na Amazon (ebook) e na editora.

O Índio no Cinema Brasileiro e o Espelho Recente, de Juliano Gonçalves da Silva

A representação de personagens indígenas no cinema de ficção brasileiro é apresentada neste levantamento histórico que começa em 1911, ano em que é identificada a primeira representação indígena em narrativa ficcional, e avança até os anos 2000.

Monstro dos Mares, 124 páginas, R$ 32, no site da editora. Disponível para download gratuito.

Três Roteiros: O Som ao Redor, Aquarius, Bacurau, de Kleber Mendonça Filho

A trilogia de roteiros dos premiados longas de ficção de Kleber Mendonça Filho, lançados respectivamente em 2012, 2016 e 2019, ressoa as mudanças sociais da realidade brasileira que atravessaram a década de 2010. 

Companhia das Letras, 320 páginas, R$ 69,90/R$ 39,90, na Amazon.

Por Um Cinema Popular: Leon Hirszman, política e resistência, de Reinaldo Cardenuto

Leon Hirszman foi um dos principais articuladores culturais da resistência e oposição ao regime militar brasileiro, tendo em sua filmografia obras como Que País é Este?, ABC da Greve e Eles Não Usam Black-Tie, produzidas entre 1976 e 1981. O livro de Cardenuto situa o cineasta em relação aos debates do período, apresentando seu percurso de aproximação e interesse pelo novo sindicalismo e a representação da classe operária no cinema.  

Ateliê Editorial, 504 páginas, R$ 88, na Amazon.  

O Cinema Independente Brasileiro Contemporâneo em 50 filmes, de Marcelo Ikeda

O novo livro do professor e pesquisador Marcelo Ikeda traça um panorama do cinema independente brasileiro a partir de 50 filmes contemporâneos. O autor destaca, em comunicado à imprensa, que não propõe estabelecer cânones ou apresentar uma lista de melhores filmes, mas de ampliar “espaços de leitura para o que é o cinema brasileiro dos últimos anos”. A seleção inclui textos sobre longas e curtas-metragens de variadas regiões, com atenção especial ao Nordeste.

Editora Sulina, 175 páginas, RS 31, na Amazon.

[Extra]

Mulheres atrás das câmeras: as cineastas brasileiras de 1930 a 2018, organizado por Luiza Lusvarghi e Camila Vieira da Silva

O livro foi lançado em 2019, mas decidimos incluí-lo para destacar sua indicação ao Prêmio Jabuti deste ano. A obra reúne 27 ensaios que apresentam variados recortes temáticos e resgatam a trajetória profissional de mulheres cineastas de destaque num recorte histórico de quase nove décadas do cinema brasileiro. O trabalho de organização parte das pioneiras Cléo de Verberena, Carmen Santos e Gilda Abreu até diretoras da contemporaneidade como Anna Muylaert e Suzana Amaral (falecida este ano). A edição também inclui filmografias das realizadoras e o Pequeno Dicionário das Cineastas Brasileiras.

Estação Liberdade, 368 páginas, R$ 64/R$ 48, na Amazon.

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LInk da publicação original: https://www.assistebrasil.com.br/direcoes/cinema-brasileiro-em-seis-livros-lancados-em-2020/ 
 

 



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