Pretende reunir pesquisadores que estudam as múltiplas relações entre Antropologia & Cinema. Em um mundo cada vez mais constituído por fluxos e contrafluxos de narrativas audiovisuais, propõe-se não apenas discutir os enunciados antropológicos de um cinema etnográfico ou de uma antropologia fílmica, mas também o desafio enfrentado pelos antropólogos de empreender uma Antropologia do Cinema.
Em 60 anos de carreira e mais de 100 filmes, o
trajeto de Jean-Luc Godard constitui o esforço mais tenaz, consequente e influente
de todo o cinema moderno para redefinir as bases da representação
cinematográfica do mundo, cujo horizonte ele nunca abandonou. Organizado
conjuntamente pela Universidade
de São Paulo (Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais e
Departamento de Cinema, Rádio e Televisão, CTR/ECA-USP) e pela Université de la
Sorbonne Nouvelle – Paris 3 (Institut de Recherche sur le Cinéma et
l’Audiovisuel, IRCAV),
por ocasião de uma retrospectiva integral do cineasta realizada no Brasil pelo Centro Cultural Banco do Brasil,pelo SESC e pela Heco Produções, nosso
colóquio internacional explora algumas facetas deste esforço, rediscutindo os
modos pelos quais seus filmes figuram a política, os corpos, o pensamento e a
História, assim como as formas que eles inventaram para fazê-lo.
Realização:
Programa de Pós-Graduação em
Meios e Processos Audiovisuais e Departamento de Cinema, Rádio e
Televisão da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
(PPGMPA e CTR/ECA-USP)
Institut de Recherche sur le Cinéma et
l’Audiovisuel de l’Université de la Sorbonne Nouvelle – Paris 3 (IRCAV - Paris
III)
Concepção
geral :
Mateus Araujo
(CTR/ECA-USP) e Michel Marie (IRCAV, Paris 3)
Comitê de
Organização :
Rubens
Machado Jr. (PPGMPA/ECA-USP), Henri
Arraes Gervaiseau (PPGMPA /ECA-USP), Eduardo
Santos Mendes (CTR/ECA-USP).
Local
Auditório B, Prédio do CTR.
Av. Lúcio Martins Rodrigues, 443. Cidade Universitária. SP
Participantes
(em ordem alfabética):
Cecília Mello, CTR/ECA-USP
Céline Scemama, Université Paris 1
César Guimarães, UFMG
Cristian
Borges, CTR/ECA-USP
Emmanuel Siety, IRCAV Paris 3
Henri Gervaiseau, CTR/ECA-USP
Ismail Xavier, CTR/ECA-USP
Mateus Araujo, CTR/ECA-USP
Michael Witt, University
of Roehampton (UK)
Michel Marie, IRCAV Paris 3
Pedro
Maciel Guimarães, IA-UNICAMP
Térésa Faucon, IRCAV Paris 3
Segunda-feira
30/11, manhã :
9:30 Abertura
Saudação aos Convidados por
Eduardo Santos Mendes (Vice-Chefe do CTR/ECA-USP) e por Rubens Machado Jr.
(Coordenador do PPGMPA/ECA-USP).
Introdução do Colóquio : Mateus Araújo e Michel Marie
10 :00-12 :30
Mesa 1 : Políticas da forma
10 :00
Michel Marie (Univ. Paris 3) : O percurso político de Godard, do Petit soldat (1960) a Tout va bien (1972)
10 :30
Cecília Mello (ECA-USP) : De Vivre sa vie
(1962) a Up the Junction
(1965) : ecos de Godard no jovem Ken Loach
11 :00
Pedro Maciel Guimarães (UNICAMP) : O ator godardiano, a máquina e a máscara
11 :30
– 12 :30 Debate
Segunda-feira
30/11, tarde :
14:30-17:00 Mesa
2 : A fábrica do pensamento
14 :30
Mateus Araujo (ECA-USP) : A representação do pensamento em Godard
15 :00 Térésa Faucon (Univ. Paris 3) : Prática
godardiana do insert
15 :30
Ismaïl Xavier (ECA-USP) : O pensamento do instante em Godard
16 :00
– 17 :00 Debate
17:45 Exibição : Sauve la
vie (qui peut) [Godard, 1981], apresentado por Michael Witt
Terça-feira
1/12, manhã :
10:00-12:30 Mesa
3 : Os corpos e os gestos
10 :00
Emmanuel Siety (Univ. Paris 3) : Godard pelos gestos
10 :30 Cristian Borges (ECA-USP) : Godard e a
dança
11:00 Michael Witt (Univ.
Roehampton) : Ralentar, acelerar - o corpo e o gesto em Sauve la vie (qui peut)
(1981).
11 :30
– 12 :30 Debate
Terça-feira
1/12, tarde :
14:30–17:00 Mesa
4: História(s) e lições de história
14 :30
Henri Gervaiseau (ECA-USP) : História de uma memória
15 :00
Céline Scémama (Univ. Paris 1) : Na escuridão do tempo, na escuridão do filme
15 :30
César Guimarães (UFMG) : As lições de imagem (e dos sons)
Morreu, na madrugada desta segunda-feira (16), aos 48 anos, o
professor da Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal
da Bahia (Ufba) Mahomed Bamba. Marfinense, Bamba havia descoberto
recentemente um câncer devastador no fígado e foi acometido de uma
infecção generalizada ao internar-se para um procedimento médico no
Hospital da Bahia.
A doença foi descoberta após um exame de rotina, há cerca de três
meses. Porém, como ainda não havia a confirmação do câncer por parte dos
médicos, o plano de saúde não autorizou o início da quimioterapia antes
de uma biópsia, e Bamba precisou submeter-se ao procedimento.
De família francesa, Mahomed Bamba nasceu na Costa do Marfim, onde
graduou-se em Letras na Université Nationale d´Abidjan, em 1992. Após
escolher o Brasil como casa, concluiu o mestrado em Linguística Geral e
Semiótica pela Universidade de São Paulo (USP), instituição na qual
tornou-se doutor em Cinema e Estética do Audiovisual.
Em 2009, Bamba assumiu a vaga de professor adjunto na Facom. Há
quatro anos, ministrava a disciplina História do Cinema II, além de
fazer parte do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura
Contemporâneas (PósCom). Na Bahia, o marfinense passou também pela
Faculdade Dois de Julho, pela FIB e pela Universidade Estadual de Feira
de Santana (Uefs). Era também assíduo frequentador desde as primeiras reuniões anuais da Socine (Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual), nas qual nos brindava com lições de simpatia, bom humor e socializava seu amplo conhecimento sobre o cinema deste vasto continente, que tão pouco nos chega por aqui...
Em nota, a Facom lamentou a morte de Bamba. "É com imensa tristeza e
pesar que informamos o falecimento do nosso querido colega Mahomed
Bamba. Ele tinha feito um procedimento cirúrgico por conta de neoplasia
maligna detectada no fígado. Bamba tinha 48 anos e integrava o corpo
docente da Faculdade de Comunicação desde 2009, ensinando na área de
concentração em Cinema e Audiovisual. Era também professor e pesquisador
do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da
FACOM. A Faculdade de Comunicação suspende todas as suas atividades
nesta segunda e terça-feira (16 e 17 de novembro) em luto pelo nosso
estimado colega e amigo", afirmou. O enterro de Bamba foi realizado hoje,
terça-feira (17), no cemitério Jardim da Saudade, Capela F, 10h30.
Criativo, acessível, generoso... o Bamba era bamba!
Dentre sua vasta produção destacamos o capítulo 10 do livro Cinema Mundial Contemporâneo: O(s) Cinema(s) Africano(s): no singular e no plural.