Godard, câmara em punho, sendo detido em uma rua de Paris durante Maio de 68.
"Quando se diz: "Lave as mãos diante disso..." bem, pois no cinema, tenho me proposto intencionalmente a não lavar as mãos... E assim, também... bem, isso requer saber o que é uma mão e o que é o sabão...; de modo que destruir as boas maneiras que havia adquirido, das que acreditava haver me liberado, e montes de coisas assim... Porque, em um certo momento, Maio de 68 me fez ver isso; houve muita gente que se viu com mais clareza, como sempre que se produz um acontecimento social importante, durante o qual, além disso, tudo se detêm, e se tem tempo, pois, para ver as coisas. Para mim, lembro do Maio de 68 em Paris como um momento no que se ouvia o barulho dos manifestantes pela rua, simplesmente porque não tinha gasolina, assim que se ouvia a gente que andava pela rua, o que tinha um efeito realmente extraordinário" (Jean-Luc Godard).
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ResponderExcluirCaros colegas,
Tendo em vista os episódios recentes ocorridos em Recife (e no País), onde manifestações majoritariamente conduzidas por estudantes secundaristas e universitários têm sido reprimidas pela Polícia Militar com enfático uso de meios violentos (recursos a nosso ver excessivos), tornamos pública a presente nota (em anexo), em que os docentes do Bacharelado em Cinema e Audiovisual da UFPE reiteram sua ampla discordância diante de tais expedientes.
No episódio até agora mais agudo, ocorrido nesta capital, em 26 de junho último, tivemos uma de nossas graduandas detidas, sem justificativas concretas.
Assim, partilhamos com os colegas da Socine nossa indignação. Confiantes nos valores que devem nortear um Estado democrático, esperamos que este autoritarismo e arbitrariedade não voltem a se repetir contra nossos cidadãos.
atenciosamente,
Docentes de Cinema e Audiovisual da UFPE